O governo de Kosta continua a exercer chantagem sobra as autarquias. Tem tudo a ver com a dita descentralização dos serviços na área da saúde. Como aliás já aconteceu com a educação o governo de Kosta quer a municipalização de todos os serviços desresponsabilizando o poder central das suas tarefas. Agora vem dizer que só paga as obras na saúde se as câmaras ficarem com a gestão dos centros de saúde.
Ora tal gestão significa que os municípios vão passar a ter a manutenção e construção dos centros de saúde a transferência de vários serviços de apoio logístico, com especial destaque para o transporte de doentes não urgentes, a manutenção de equipamentos médicos e todo o parque automóvel afeto aos cuidados de saúde primários. Para as autarquias passa também a gestão dos assistentes operacionais (médicos e enfermeiros ficam de fora).Repetição do que aconteceu na educação.
Só que tal descentralização não agrada a todos os regedores. Não por verem aumentado o número de votos que o caciquismo vai conquistar. Mas sim pelo dinheiro que as autarquias querem receber e que Kosta não está disposto a dar. Outra implicação desta nega dos regedores tem a ver com a vinda do 3.º cheque da bazuca. É que só virá se houver descentralização. E para haver descentralização é preciso que os 201 municípios adiram. Há, no entanto, 32 municípios que ainda não assinaram. E o prazo termina a 31 de Dezembro de 2023.A estratégia de Kosta é a chantagem. Será que vai haver cedência dos regedores e o cheque virá?
A ver vamos, como dizia o cego de Nacomba.