Ontem, dia 27 de Setembro de 2023, houve Assembleia Municipal da Guarda.
O mesmo de sempre.
Chalaças, tretas e tangas mais que muitas.
Discussões estéreis, bajulações mais que muitas e já cheira a campanha eleitoral para outros.
Uma reunião com uma ordem de trabalhos própria de fim de férias.
Pouco ou nenhum assunto relevante para os munícipes.
Curiosamente, ou tal vez não, duas das três mais interessantes intervenções vieram do tempo destinado ao público.
A primeira do arquitecto Luís Aragão, mais uma vez a chamar a atenção para a incompetência e regabofe que reina no serviço da Câmara da Guarda, no que diz respeito às obras particulares.
Pelos exemplos apresentados os munícipes têm razões para se indignarem com tamanha falta de competência e de organização.
Chegou-se ao cúmulo, palavras do arquitecto Aragão, a «(…) ter-se de telefonar para marcar para se telefonar, mas depois também ninguém atende»!
Mas há mais, muito mais...“(…) para legalizar uma casa construída numa aldeia, ainda com bastante gente, foram precisos 3 (TRÊS) anos”, disse o arquitecto.
E para rematar o arquitecto deixa uma pergunta pertinente: “(…) a Câmara Municipal da Guarda mudou também a estratégia da habitação com investimentos de 22 milhões de euros até 2026. Anuncia-se a reconstrução de 74 imóveis, quer do município das juntas de freguesia, IPSS’s, e comissões fabriqueiras.
É possível até 2026 cumprir tal promessa com a dinâmica que a câmara tem?”
A resposta não exige grandes estudos!
Ainda no âmbito das intervenções do público, falou o Professor Aires Dinis. O tema as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
A câmara da Guarda que pomposamente nomeou uma comissão e a quem deu posse em sessão solene para impressionar totós, continua a fingir que faz alguma coisa para celebrar tal data.
Segundo palavras do professor Aires Dinis a comissão executiva das comemorações há muito que não reúne. Solicitaram sugestões de actividades que foram apresentadas, mas que não mereceram qualquer resposta da câmara.
Já se percebeu há muito o que vai acontecer.
Umas comemorações ligeiras para não ferir susceptibilidades em determinados meios e grupos que manifestamente são contra tal data e por fim acusarem a comissão executiva de nada ter feito.
O mesmo de sempre!
A imobilidade gera desresponsabilização.
O filme há muito que já tem enredo e bem encenado a seu tempo. Só não percebe quem não quer.
O imobilismo que afecta a comissão executiva das comemorações e a edilidade são habilidades bem definidas e com um único objectivo: uma sessão solene de punhos de renda e frases de salão para no meio do nevoeiro esconderem o real significado da data.
Tudo dito. «E disse!»
Por fim uma outra intervenção que merece alguma reflexão. O deputado do PSD, Ricardo Neves, fez uma análise criteriosa e séria ao relatório semestral, terminado a 30 de Junho de 2023, da situação económica e financeira do Município da Guarda.
Aconselha-se a sua audição, sem partidarismos e despido de quaisquer roupagens ideológicas. O despesismo é enorme!
Cuidem-se.
Por não haver mais nada a tratar....