Os poderes, todos eles, não querem saber dos que vão resistindo ao despovoamento, à consequente falência de serviços públicos e ao encerramento de empresas.
Hoje mais uma!
Foi nos Trinta, freguesia do concelho da Guarda.
Trinta trabalhadores, para os que avaliam este triste designío pelo número de atingidos, dirão que é residual.
MENTEM.
São trinta famílias que vão para o desemprego.
São trinta hoje e foram às dezenas em tempos idos.
A última empresa de uma freguesia que mais contribuiu, em tempos de pujança fabril, para a receita fiscal do concelho.
Hoje encerrou a última.
O fim destas paragens vai-se acentuando.
Ontem fecharam umas, hoje fechou outra e a aldeia desaparece.
Com o encerramento de empresas, com o descalabro do sistema de saúde, com encerramento de escolas o que nos resta?
NADA!
Um conjunto de poderes que querem enganar os tolos com festas e bolos.
Cada vez mais pobres e entregues ao inverno da vida que nos consome e martiriza.
Somos cidadãos portugueses que exigem os mesmos direitos do resto do país.
Imbecis e idiotas que nos ignoram são aos montes.
Já nem votantes nos querem. Somos poucos.
Abandonados, isso sim.
Culpa dos poderes que nos roubaram tudo. Até o sonho.
