terça-feira, fevereiro 07, 2023

O revogado

O executivo camarário liderado por um Sérgio Costa, apoiado pelo movimento dito «Pela Guarda», ficará na História como o «Revogado».
Revogam tudo o que seja melhorar as condições de vida dos guardenses.
Agora dá o dito por não dito e já não vai recuperar a escola de S. Miguel.
Para Sérgio Costa, nas palavras do mesmo, o paladino da verdade, a empreitada, num valor de 2,5 milhões de euros, foi contratualizada como medida eleitoralista pelo anterior executivo e sem qualquer garantia de financiamento.
E diz mais o autoelogiado «verdadeiro e puro regedor» que tentou encontrar financiamento no quadro 20-20 mas sem sucesso.
Já são em demasia as decisões hoje tomadas e amanhã revogadas pelo presidente em exercício.
Todos sabemos que a escola de S. Miguel, ao longo dos anos tem sido votada ao abandono. Quer pelo poder central quer poder local. As instalações estão degradas e a sua estrutura em pavilhões, numa região de severa invernia, só teria como consequência a sua degradação caso não existissem medidas de conservação.
Logo desde o início que a escola foi instalada, por conveniências várias e nunca julgadas, em local perigoso. Quem não se lembra das mortes que ocorreram devido à localização da escola junto de uma via com grande movimento e sem qualquer segurança para os estudantes? Temos memória e os familiares das vítimas também.
Pavilhões sem quaisquer condições, placas de amianto como cobertura a obrigarem os alunos e restante pessoal docente e não docente a sujeitarem-se a todos os perigos.
Obras? Nem vê-las!
Depois veio a cretina medida de remedeio ao colocarem alunos do 5.º e 6.º anos na Escola da Sé. Só umas mentes brilhantes e acéfalas que nada percebem de educação podiam imaginar tal distúrbio.
Mais que evidente que os pais e Encarregados de Educação preferiam a segurança de uma escola, a rebentar pelas costuras com tantos alunos, à insegurança da escola de S. Miguel. E os poderes, todos eles, esfregavam as mãos de contentes pois as obras seriam sempre adiadas com a justificação do reduzido número de alunos.
Até que se voltou a falar no célebre Centro Escolar de São Miguel que uma Carta Educativa do tempo do governo socialista falava mas que não tinha local destinado. Isso mesmo! Falava-se de um Centro Escolar ali, algures em S. Miguel, mas sem localização. 
Outra aberração, das muitas, de um governo autárquico socialista.
Agora nem Centro Escolar haverá e pior, a degradação será cada vez maior até ao fim mais que desejado há anos, por certos tubarões empreiteiros da cidade que olham para o terreno como local ideal para a construção. 
O fim assim como os fins estão à vista, só não vê quem não quer!