Agora com a participação exclusiva e em cabeça de cartaz da Inspeção-Geral das Finanças.
Curioso, ou talvez não, o facto de só agora a Inspeção-Geral das Finanças entrar no enredo.
Os ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, entretanto já demitido, chamaram à coação a Inspeção-Geral das Finanças.
Tudo para esclarecer o que o país já sabia: a indeminização é ilegal.
E nem sequer é preciso ser-se licenciado, mestrado ou doutorado numa dessas «escolinhas da trampa» para dar o veredicto.
Se os trabalhadores da TAP estão sujeitos a cortes de 25% no salário no âmbito do acordo de restruturação como entregar de mão beijada à «Xaninha Reis» 500 mil euros de indeminização, um lugar na NAV e posteriormente um lugar na Secretaria do Tesouro?
Deixem-se de tretas.
Tudo, mas tudo, para enganar o povinho.
A observação final desta propaganda é por si só elucidativa do que será o final feliz da novela de faca e alguidar.
«Se é certo que a indemnização é, na avaliação preliminar da IGF, irregular, falta saber qual será o montante que a gestora terá de devolver e se, eventualmente, o acordo de saída for considerado nulo, se Alexandra Reis terá algum direito de reintegração na TAP.»
Perceberam?
Devolução do dinheiro?
A esta hora o dinheirinho está numa qualquer offshore. Bem guardado.
Depois falar-se de reintegração é gozar com o povo contribuinte.
Recebeu a indeminização de 500 mil euros e agora ainda era reintegrada? Só num país de corruptos e corruptores.
E talvez reintegração na NAV? E que tal um Medina chamar de novo a senhora «engenheira» para o lugar de secretária do Tesouro?
A escolha do final feliz ficará a cargo do guionista mor do reino.
Não se duvide.
Justiça? Esqueçam.