segunda-feira, junho 13, 2022

Oitavo mundo

Será que ainda há pachorra para aturar esta corja.
Não, não tenho pachorra para imbecis.
A situação é fácil de contar: «Uma cidadã, da arraia miúda, dirigiu-se a um serviço de urgência do hospital, em Lisboa, com oftalmologia por estar há dois dias com um quisto no olho que entretanto fez um derrame, anteriormente teria ido a um oftalmologista particular que lhe prescreveu umas gotas para aliviar a vista. Como não melhorou resolveu recorrer da urgência hospitalar. Quando foi vista por dois oftalmologistas no hospital, eles concluíram que o tratamento era uma pequena intervenção cirúrgica para remover o quisto, uma intervenção rápida e sem grande perigo mas que para ser feita a cidadã teria que se dirigir ao seu médico de família (que não tem) e pedir para ser referenciada para uma consulta hospitalar de oftalmologia para depois então avaliarem o pedido da intervenção cirúrgica.
A cidadã, depois de contestar surpreendida com o processo, dirigiu-se à sua Unidade de Saúde Familiar para pedir uma consulta de urgência que não lhe foi concedida por ser sábado e não considerarem urgente, mandaram-na voltar na segunda-feira de madrugada para tentar uma consulta de recurso.
Entretanto o olho está pior e como não tem seguro de saúde fica perdida nesta engrenagem.
Não consigo entender porque não ficou resolvido logo na urgência quando foi vista por dois médicos oftalmologistas.
Será que não se poupava tempo no tratamento e nos profissionais envolvidos?».
Isto é próprio de um país do oitavo mundo onde a burocracia, a corrupção e o compadrio resolvem tudo.
Tudo explicado neste texto: