A propósito de uma carta ao senhor Presidente da República de S. Tomé, escrita por um tal Marcelo, afilhado em linha directa das ditaduras Salazarista e Marcelista, lembrei-me dos escritos de Mário Domingues, natural de S. Tomé, que em «A Afirmação Negra e a questão colonial», publicados pela Tinta-da-China, em Janeiro de 2022, denuncia a condição dos negros, o racismo e a colonização, os preconceitos e descriminações, e expondo corajosamente a violência do colonialismo e todas as formas de subjugação iniciadas com o «achamento» da «pérola do Atlântico» até ao fim da ditadura Marcelista.
Uma obra que merece ser lida para se perceber de que forma o racismo está, ainda hoje, impregnado nas relações de prepotência e superioridade que alguma sociedade portuguesa se reclama.