A
escravatura entre iguais é ainda mais cruel.
De acordo com o Relatório Global de
Tráfico de Pessoas - 2015 há angolanos "forçados a trabalhar" na
agricultura, pesca, construção, serviços domésticos e exploração artesanal de
diamantes no país.
Acrescenta o documento, de 27 de Julho,
que cidadãos chineses "exploram crianças angolanas" em "fábricas
de tijolos, construção e actividades agrícolas" em Angola e que meninas a
partir dos 13 anos são forçadas à prostituição.
Refere ainda que rapazes angolanos são levados
para a Namíbia (fronteira sul) para trabalhar no "pastoreio de gado",
enquanto outros são "forçados" a servir como "mensageiros"
em redes ilegais de importação no comércio transfronteiriço.
"Mulheres angolanas e crianças são
submetidas a servidão doméstica e escravidão sexual na África do Sul, Namíbia e
países europeus, incluindo a Holanda e Portugal", lê-se no documento.
Além disso, acrescenta, nunca foi
condenado um "ofensor" por tráfico, "apesar de anos de
relatórios" sobre "empresas de construção envolvidas no trabalho
forçado" e sem que o Governo investigue os "abusos no sector da
construção em Angola" ou "responsabilize" os promotores do
trabalho forçado a que são sujeitos angolanos e estrangeiros.
Nas recomendações a Angola, o relatório
exorta à utilização das disposições do código penal revisto "para
investigar e reprimir as infracções" no trabalho e no "tráfico
sexual", bem como a "continuar a formar a polícia" e a
"investigar sistematicamente o tráfico de trabalho no sector da
construção".
A escravatura é assim, uma forma de
explorar um povo. Um povo que sofre com o roubo feito pelos novos colonos, e
por um déspota que lhe rouba o futuro e proíbe a liberdade.
É PROIBIDO DIZER NÃO!