terça-feira, julho 28, 2015

Os novos colonos


A escravatura entre iguais é ainda mais cruel.
De acordo com o Relatório Global de Tráfico de Pessoas - 2015 há angolanos "forçados a trabalhar" na agricultura, pesca, construção, serviços domésticos e exploração artesanal de diamantes no país.
Acrescenta o documento, de 27 de Julho, que cidadãos chineses "exploram crianças angolanas" em "fábricas de tijolos, construção e actividades agrícolas" em Angola e que meninas a partir dos 13 anos são forçadas à prostituição.
Refere ainda que rapazes angolanos são levados para a Namíbia (fronteira sul) para trabalhar no "pastoreio de gado", enquanto outros são "forçados" a servir como "mensageiros" em redes ilegais de importação no comércio transfronteiriço.
"Mulheres angolanas e crianças são submetidas a servidão doméstica e escravidão sexual na África do Sul, Namíbia e países europeus, incluindo a Holanda e Portugal", lê-se no documento.
Além disso, acrescenta, nunca foi condenado um "ofensor" por tráfico, "apesar de anos de relatórios" sobre "empresas de construção envolvidas no trabalho forçado" e sem que o Governo investigue os "abusos no sector da construção em Angola" ou "responsabilize" os promotores do trabalho forçado a que são sujeitos angolanos e estrangeiros.
Nas recomendações a Angola, o relatório exorta à utilização das disposições do código penal revisto "para investigar e reprimir as infracções" no trabalho e no "tráfico sexual", bem como a "continuar a formar a polícia" e a "investigar sistematicamente o tráfico de trabalho no sector da construção".
A escravatura é assim, uma forma de explorar um povo. Um povo que sofre com o roubo feito pelos novos colonos, e por um déspota que lhe rouba o futuro e proíbe a liberdade.
É PROIBIDO DIZER NÃO!