quinta-feira, maio 29, 2014

QUEM NOS PROTEGE?



Um formulário existente no site da Procuradoria Geral da República deixou de funcionar há mais de um mês. Tudo isto devido ás medidas de segurança criadas após ataques de hackers no dia 25 de Abril.
No dia 25 de Abril, há cerca de um mês, várias “equipas” do  colectivo Anonymous Portugal efectuaram um ataque à Procuradoria Geral da República (PGR) e à Procuradoria-Geral Distrital de Liboa. Deste ataque ao último alvo, resultou a impossibilidade de aceso ao site durante alguns dias, entretanto restabelecida antes do final do mês passado.
Em relação a um site alojado no domínio da PGR, as coisas são diferentes. 
Tendo em conta que existiu a divulgação de nomes, telefones, e-mails e telemóveis de Procuradores da República, o SIMP – Sistema de Informação do Ministério Público – ficou inacessível durante vários dias, mostrando um erro de proxy. De acordo com especialistas da área, o erro indica que o IP, de qualquer ponto do planeta,  não pode aceder ao conteúdo.
Acontece que o link onde se denúncia corrupção, presente no menu do lado direito do site da PGR tal como mostra a imagem acima, aponta para o SIMP… que por sua vez não está acessível. Desta forma, os Portugueses ficam assim impossibilitados de poder denunciar corrupção, do qual muitas vezes se queixam nas redes sociais.
Segundo declarações ao Expresso, um magistrado tinha informado que “É um transtorno grave, porque quando trabalhamos em casa usamo-lo para consultar documentos jurídicos ou para trocar informações com os colegas”. O transtorno será ainda partilhado pelos Portugueses que vêm assim a ausência deste mecanismo que, em três anos, recebeu mais de 57 000 denúncias (dados de 2013).

No site antigo, que pode ser acedido aqui mas onde não é possível submeter queixas devido a ser apenas um “espelho” gravado em Fevereiro deste ano, é mostrada a seguinte mensagem dentro do link “porque precisamos da sua informação”: “Combater e eliminar a corrupção é uma responsabilidade de todos equem não denuncia, conhecendo os factos relevantes, tem também a sua quota de culpa“.
Resta saber… quem não deixa denunciar, que parte da culpa terá?