sexta-feira, abril 25, 2014

A cantiga é mesmo uma arma

Este ano, nas comemorações do 25 de Abril, na sessão realizada na Assembleia da República, onde os militares não tiveram lugar, «problema deles», verificou-se que muitos dos convidados e residentes escusaram-se a colocar na lapela um cravo vermelho. Coisa que tinham feito, pelos vistos, a contragosto em anos anteriores.
A razão não está na falta de cravos ou na austeridade que coíbe os «marrecos» de comprarem um simples cravo.
Nada disso!!!
No ano passado, para além daquela patética «cena» do arranjo principal, por pouco, não caiu na cabeça do Coelho, Portas & C.ª, houve nas redes sociais imensos comentários à hipocrisia da escumalha em não cumprir o que tinham prometido e atirado milhões para a fome e, usarem um símbolo da revolução logo na lapela....e, vai de levarem com a cantiga do José Barata Moura, “Cravo vermelho ao peito/ a muitos fica bem/ sobretudo faz jeito/ a certos filhos da mãe”. “Não importa quem eles eram. /Não importa quem eles são. /Nem todo o mal que fizeram, / mas sempre a Bem da Nação! E chegado o dia novo, /chegada a bendita hora, / vestiram a pele de povo, / ficou-lhes o rabo de fora…”.
Este ano, para não se sujeitarem a mais e mais críticas retiram os cravos.....
Só que alguns esqueceram-se das bandeiras à lapela....
Para o caso deixou de ser hipocrisia mas passa a ser pirosada.
A cantiga é mesmo uma arma.....