Num país que se aprende de pequeno a mentir ..... TUDO É DE ESPERAR!!!
Num país formado a partir de uma mentira, a troca do filho do conde D. Henrique e da D. Teresa, criança raquítica e doente, legítimo sucessor ao trono de Portugal, por um dos filhos do aio Egas Moniz. Que depois bateu na mãe para se tornar rei de Portugal.
TUDO, MAS TUDO NOS PODE ACONTECER!!!
Até termos uma múmia em Belém.
Até termos um «iluminado» que se lembrou de fazer uma rifas com facturas, TUDO, MAS TUDO NOS PODE ACONTECER.
Nem ao assaltante ao comboio inglês, considerado o maior e mais bem preparado roubo, tal lhe passaria pela cabeça.
Rifas de facturas???
Os portugueses já eram considerados os mais apostadores em jogos, nomeadamente no euromilhões.
Agora chegam as rifas.
Uma coisa parecida com o peditório a favor da mulher do soldado desconhecido. Ou, como a tombola inventada em Vilar Formoso, para sacar uns largos cobres aos portugueses, na década de 70 do século passado. Ou uma tramóia à laia do Alves dos Reis. Ou ainda, um roubo à maneira dos cavaquinhos do BPN.
Mas que país.....
Facturas transformadas em rifas.
Como se tratasse de um baile de finalistas dos tempos do liceu ou de uma rifa para a cremesse da senhora do coito da santa terrinha.
O mais curioso de toda esta tramóia é que existe o beneplácito da Santa Casa, do Santana Lopes.
A vigarice na sua expressão mais maquiavélica. Uma casa de jogo a fazer programa informático, em conluiu com a autoridade dos impostos - as Finanças.
Dizem os prioritários do «projecto» que o objectivo do mesmo é combater a evasão fiscal!!!
Muito bem, aplauda-se o objectivo, mas não a forma.
Qual a razão pela qual os «iluminados» que conceberam, idealizaram e puseram em prática tal projecto, não se lembraram de o aplicar nas fugas anteriores?
Tantos e tantos que fazem da evasão fiscal o seu modus vivendi.
Tantos e tantos que remetem os dinheiros fugidos às finanças para paraísos fiscais.
Mudem a lei e obriguem os beneficiários das evasões a JUSTIFICAREM a razão dos aumentos surpreendentes das contas bancárias. OBRIGUEM. Não deixem que sejam os denunciantes das situações de ROUBO a terem que provar a proveniência de tais maquias.
Pois é, isso não vos interessa. Interessa, isso sim, pactuarem com o roubo. Ora agora ganhas tu, ora agora ganho eu, e logo ganhas tu e eu....que rica chula!!!!
Mas agora, tudo vai ser diferente.
Quando for ao seu barbeiro, cabeleireiro, mecânico ou necessitar de uma pequenas obras lá em casa, não se esqueça: PEÇA A FACTURA!!!
Depois, bem depois, é só esperar pela rifada. Cuidado que o termo rifada também significa roubar, ou como dizem na terra da minha avó, bifada!!
Um dia destes, quão airosa e engalanada repartição de finanças, situada a quilómetros da sua residência, não o vai acolher com um abraço da Maria Luizinha Albuquerque a oferecer-lhe um .... balde de plático e uma pá para se entreter, com o seu vaso da varanda onde cultiva a cenoura que é esta rifada.
E, no final do espectáculo, abrilhantado pela banda da marinha e transmitido em directo por uma qualquer televisão que apoia o prémio, tipo liga de futebol, TODOS os presente e ausentes lhe vão chamar cabeça de abóbora.
Haja vergonha.