sábado, outubro 01, 2011

O séquito presidencial

«Cavaco Silva foi em visita oficial aos Açores e, além da sua mulher, acompanharam o Presidente da República mais 30 pessoas, ao longo de cinco dias.
Da lista oficial constaram o chefe da casa civil do Presidente, Nunes Liberato, também acompanhado pela mulher, quatro assessores, dois consultores, um para os assuntos políticos e outro para a comunicação social, e cerca de uma dúzia de elementos do corpo de segurança, entre eles dois sargentos, um tenente-coronel, um subintendente e cinco agentes principais. Mas da comitiva do Presidente fizeram parte também dois fotógrafos oficiais, um médico pessoal, uma enfermeira, dois bagageiros e até um mordomo.
Na chegada ao arquipélago açoriano, questionado sobre o buraco orçamental das contas madeirenses, Cavaco foi parco em palavras, mas reiterou o que já afirmou várias vezes: "Ninguém está imune aos sacrifícios."

O que ele queria dizer é que quase ninguém está imune aos sacrifícios, que isto de ir viajar com bagageiros e mordomos, sem falar de quatro assessores e dois consultores, é coisa de gente fina.
Na verdade o casal Silva não parece ser gente assim tão fina, mas quem tem 17 milhões, o dobro da família Real Espanhola, para gastar por ano pode dar-se a esses luxos, mesmo que a sua declaração mais importante tenha sido a constatação de que as vacas açorianas sorriem enquanto assistem à erva a crescer nos campos.
(É o que dá não haver comboios para verem passar, as vacas, claro).