O Bloco de Esquerda tomou a iniciativa de enviar à Ministra da Saúde o requerimento que se dá conta, sobre a Unidade Móvel de Oftalmologia do Hospital da Guarda parada por falta de especialista.A Unidade Móvel de Oftalmologia (UMO) do Hospital da Guarda, adquirida em 2002, está inactiva há três anos, desde 2005.
O especialista que assegurava o seu funcionamento foi encaminhado para os serviços de oftalmologia do Hospital da Guarda, sendo dada prioridade ao combate às extensas listas de espera para consultas e cirurgias de oftalmologia (actualmente, existem, neste serviço, 719 cirurgias pendentes e são 1864 os doentes a aguardar consulta), o que ditou o encerramento desta unidade.
Segundo declarações da direcção do Hospital da Guarda, a sua reabertura depende da futura Unidade Local de Saúde (ULS), sendo que, nos últimos três anos, e durante o período que anteceder a abertura da ULS, os cidadãos e cidadãs deste distrito têm sido privados, e continuarão a sê-lo, de um serviço que proporcionava rastreios oftalmológicos, fundamentais para uma população particularmente envelhecida, fustigada pela pobreza e isolada geograficamente.
Os problemas de visão tornam, de facto, o indivíduo mais vulnerável à pobreza e afectam profundamente a sua qualidade de vida, traduzindo-se, inclusive, na sua perda de autonomia.
Segundo o Programa Nacional Para a Saúde da Visão, «os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem, assim, um importante problema de saúde pública», sabendo-se hoje «que a prevenção primária e a detecção precoce, bem como o acesso a terapêuticas cirúrgicas oftalmológicas e a recuperação global visual, constituem medidas de saúde pública determinantes na redução da morbilidade das doenças da visão».
O encerramento da UMO, a pretexto da prioridade atribuída ao combate às listas de espera para consultas e cirurgias de oftalmologia, é totalmente inaceitável. Extinguir esta unidade, e acabar com a oferta de rastreios oftalmológicos a uma população especialmente fragilizada e que, de outro modo, não teria, muito provavelmente, acesso a este tipo de cuidados, terá consequências bastante gravosas e traduzir-se-á, inclusive, no agravamento das listas de espera, na medida em que permitirá a proliferação de doenças visuais que, não sendo diagnosticadas atempadamente, implicarão um tratamento e uma intervenção médica bastante mais complexos.
Esta situação torna-se ainda mais incompreensível pelo facto do actual Governo ter assumido como prioridade a melhoria das condições de acessibilidade aos cuidados primários de saúde visual e assumir, igualmente, a sua responsabilidade no combate à cegueira evitável.
Mediante o exposto, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, dirige ao governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
1. Porque razão não foram reactivados, até à data, os serviços prestados pela Unidade Móvel de Oftalmologia (UMO) do Hospital da Guarda?
2. Considerou o Ministério não se justificar a contratação de um especialista para assegurar estes mesmos serviços?
3. Para quando se perspectiva a reabertura da UMO?
Lisboa, 28 de Maio de 2008
O Deputado do Bloco de Esquerda
O especialista que assegurava o seu funcionamento foi encaminhado para os serviços de oftalmologia do Hospital da Guarda, sendo dada prioridade ao combate às extensas listas de espera para consultas e cirurgias de oftalmologia (actualmente, existem, neste serviço, 719 cirurgias pendentes e são 1864 os doentes a aguardar consulta), o que ditou o encerramento desta unidade.
Segundo declarações da direcção do Hospital da Guarda, a sua reabertura depende da futura Unidade Local de Saúde (ULS), sendo que, nos últimos três anos, e durante o período que anteceder a abertura da ULS, os cidadãos e cidadãs deste distrito têm sido privados, e continuarão a sê-lo, de um serviço que proporcionava rastreios oftalmológicos, fundamentais para uma população particularmente envelhecida, fustigada pela pobreza e isolada geograficamente.
Os problemas de visão tornam, de facto, o indivíduo mais vulnerável à pobreza e afectam profundamente a sua qualidade de vida, traduzindo-se, inclusive, na sua perda de autonomia.
Segundo o Programa Nacional Para a Saúde da Visão, «os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem, assim, um importante problema de saúde pública», sabendo-se hoje «que a prevenção primária e a detecção precoce, bem como o acesso a terapêuticas cirúrgicas oftalmológicas e a recuperação global visual, constituem medidas de saúde pública determinantes na redução da morbilidade das doenças da visão».
O encerramento da UMO, a pretexto da prioridade atribuída ao combate às listas de espera para consultas e cirurgias de oftalmologia, é totalmente inaceitável. Extinguir esta unidade, e acabar com a oferta de rastreios oftalmológicos a uma população especialmente fragilizada e que, de outro modo, não teria, muito provavelmente, acesso a este tipo de cuidados, terá consequências bastante gravosas e traduzir-se-á, inclusive, no agravamento das listas de espera, na medida em que permitirá a proliferação de doenças visuais que, não sendo diagnosticadas atempadamente, implicarão um tratamento e uma intervenção médica bastante mais complexos.
Esta situação torna-se ainda mais incompreensível pelo facto do actual Governo ter assumido como prioridade a melhoria das condições de acessibilidade aos cuidados primários de saúde visual e assumir, igualmente, a sua responsabilidade no combate à cegueira evitável.
Mediante o exposto, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, dirige ao governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
1. Porque razão não foram reactivados, até à data, os serviços prestados pela Unidade Móvel de Oftalmologia (UMO) do Hospital da Guarda?
2. Considerou o Ministério não se justificar a contratação de um especialista para assegurar estes mesmos serviços?
3. Para quando se perspectiva a reabertura da UMO?
Lisboa, 28 de Maio de 2008
O Deputado do Bloco de Esquerda
Aguarda-se resposta!!!!