Não há por este nosso país terra ou terrinha que não tenha por esta altura a sua festa ou romaria.
Aproveita-se a chegada dos emigrantes e dos imigrantes.
A todas essas festas aqui fica o nosso contributo:
Há Festa na minha aldeia
Já se ouvem os gaiteiros
Há Festa na minha aldeia
Já vejo os Azeiteiros
Chegam os cabeçudos
Os que vieram à boleia
Mais gigantones beiçudos
Há festa na minha aldeia
Há festa na minha aldeia
Tocam os sinos à missa
Vão as beatas sem candeia
Pedir ao padre picha
Há festa na minha aldeia
A banda toca
Ao compasso da meia
A missa é para cota
Rebenta o foguetório
Acorda o pessoal
Vai tudo ao mictório
Que a cerveja não faz mal
Há festa na minha aldeia
Começa o manjar
Que grande alcateia
À volta do altar
Camisola sem mangas
Calças com a dobrinha
É a moda dos tangas
Já só lhes falta a cabrinha
Há Festa na Minha Aldeia
Há luzes a brilhar
Há carrinhos de Choque
E as meninas a pular
Começa a roda a andar
Fico completamento maravilhado
Alguns com coração saltar
E sai de lá borrado
Há festa na minha aldeia
Começa a procissão
A junta à frente
Dá jeito para a eleição
Há Festa na minha Aldeia
É altura de festejar
dinheiro à santa premeia
Para ao padre ajudar
Começa o bailarico
Música pimba para animar
Para um bom sassarico
Das moçoilas engatar
Fazem promessas de casório
Os moços para curtir
Não passa de falatório
Para a moça tudo abrir
Começa a grande confusão
O zé da adega foi encornado
Logo ali no meio da multidão
O pessoal está todo entornado
Rebenta o fogo no ar
Acaba a bronca sueca
Namorados a delirar
Vão dar uma queca
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