E mais uma vez a CReSAP, Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública, falhou.
O presidente da CReSAP, Damasceno Dias, vem dizer que a nomeação de António Gandra D’Almeida para as funções de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde, um cargo do qual se demitiu após ser noticiado que tinha acumulado de forma irregular funções enquanto responsável do INEM do Norte e prestador de serviços em várias unidades hospitalares não são imputáveis à Entidade de Recrutamento, dado que segundo Damasceno a CReSAP não tem competência para avaliar incompatibilidades das personalidades sobre as quais dá parecer e disse ter confiado no ex-diretor executivo do SNS, Gandra D´Almeida, que declarou não as ter.Ou seja, a CReSAP limita-se a ler as duas declarações: uma em que garante que o candidato não tem quaisquer incompatibilidades nem impedimentos para o cargo, ao qual se aplica o estatuto de gestor público, e que não omite informações.
A ser assim pergunta-se a razão de existir tal entidade. Um qualquer funcionário pode, com muito menor custo e maior eficiência, desempenhar tal leitura. Basta ter obtido o diploma da quarta classe.
Já são casos a mais, senhor Damasceno!
Até já houve o caso de um condenado judicialmente a ser aprovado pela CReSAP.
Todos entendemos o que determina as tais leituras enviesadas.
Não se preocupe senhor Damasceno.
Continue a Bem da Nação!