Quando se aproximam as eleições, nomeadamente as autárquicas, eis que os regedores tudo fazem para agradar aos seus munícipes. Cá pela Guarda nada é diferente!
Anunciam-se obras e mais obras. Até as que se sabe que nunca se vão realizar. O executivo camarário abre concursos para obras que ficam desertos. Os empreiteiros devem estar já fartos de ganharem tanto dinheiro. Concursos vazios! Estranho!Depois o anúncio de empregos. O executivo camarário, pela voz do seu presidente, Sérgio Costa, diz que foram criados 400 postos de trabalho na Guarda em dois anos! Depois diz que foram 700 postos de trabalho. E por fim vem dizer que durante a sua vigência foram criados na Guarda 1 500 postos de trabalho. Em que ficamos?
Mais, diz que vai elencar os postos de trabalho! Vai? Quando? Oito dias antes das eleições? Quantos postos de trabalho criou na câmara? Diga, sem medo!
Inaugurações repetidas também as há. Caso do Centro de Saúde a funcionar no Centro de Saúde das Lameirinhas. Desdobramento do centro de saúde? E se houver uma PPP em qual centro de saúde irá acontecer?
Para espanto dos espantos, eis que é publicado em Diário da República de 28 de novembro, um louvor aos trabalhadores(as) que integraram os serviços de apoio no âmbito das Comemorações do Dia do Exército Português.
Agora, decorrido tanto tempo é que aparece o louvor?
Louvor é o ato de enaltecer e glorificar algo ou alguma coisa. Estes louvores aconteciam em épocas medievais. Estamos no século XXI, já se deram conta? Tudo isto cheira a dar lustro, pois as eleições estão para breve. Mas esses trabalhadores(as) não auferem o seu ordenado? O que justifica um louvor e logo em Diário da República?
Este país continua a viver da serventia e da glorificação do Além. As indulgências nunca deixaram de existir para salvação das almas.
Deixo-vos a publicação para se perceber o ridículo da ação, o seu texto e contexto. Imaginem-se em pleno século XIV.
