E mais uma vez Portugal está nos últimos lugares da Europa, desta vez no que diz respeito às necessidades dentárias.
"Mais de seis milhões de portugueses sem pelo menos um dente; 1 milhão de pessoas que nunca vai ou vai menos de uma vez por ano ao médico dentista; 300 mil não têm consultas por falta de dinheiro; 28 por cento da população tem a falta de 6 ou mais dentes".Quando foi lançado o Serviço Nacional de Saúde esqueceram-se da estomatologia! Esqueceram-se? Pois...
Seria a altura para que a classe política olhasse para a saúde oral dos portugueses, pois ela determina muito das doenças cardiovasculares e na diabetes.
O investimento na Saúde Oral, além do impacto positivo noutras doenças, é um importante elemento no combate às desigualdades sociais, na mitigação da pobreza e na promoção da saúde mental.
Perceberam?
"Não há uma carreira de medicina dentária no serviço nacional de saúde. É inadmissível que os médicos dentistas que atuam no SNS sejam considerados técnicos superiores. Estão ilegais no SNS. Há gabinetes de saúde oral nos cuidados primários parados, porque não há condições para atrair estes profissionais altamente qualificados. A integração de médicos dentistas no SNS prevista até 2020 não aconteceu. Depois passou para 2025 e voltou a não acontecer. Apenas dois por cento dos portugueses têm acesso a cuidados de saúde oral através do SNS. O valor do cheque-dentista não foi revisto durante 11 anos. Foi criado em 2008 com 40 euros, foi cortado para 35 em 2012, e só em 2023 passou para 45. Nesse mesmo ano estava prevista a criação de dois novos cheques-dentista e também não aconteceu. Tudo isto coloca Portugal na cauda da Europa, no que diz respeito às necessidades dentárias não satisfeitas" diz e com razão o bastonário da Ordem dos Dentistas.
Quando cumprem com as promessas? Hipócritas.