Morreu Paco Ibánez.
Tanta revolta e incómodo ver partir MAIS UM dos que nos ensinaram tanto.
Tive o privilégio de aprender com a música e as palavras dos poetas que Paco cantava.
Como me lembro, ainda adolescente, da procura dos discos pelas lojas da especialidade, em Coimbra.
Quando se espalhava a notícia, clandestina, de um novo álbum lá se conseguiam uns escudos e comprava-se a obra.
Ela lá estava escondida, oculta por outros discos na prateleira.
Quem foi este cidadão do Mundo e amante da Liberdade?
Um inconformista aberto ao mundo.
Um ser profundamente humano que, segundo Vázquez Montalbán, “praticava constantemente a provocação cultural, a crítica dura e directa contra os sucessivos inimigos da emancipação individual e social”.
Um internacionalista convicto que adorava repetir: "Falo basco na minha infância, espanhol na escola, francês no exílio, italiano e hebraico no lazer, catalão na amizade..." .
Um marginal que sempre recusou medalhas e prémios: “um artista tem de ser livre nas ideias que tenta defender. Na primeira concessão, perdes parte da tua liberdade…".
Um corredor de longa distância pelos campos da sensibilidade e do compromisso, que com sua rebeldia incorruptível nos estimula a manter a consciência desperta.
Um artista, logo cidadão do mundo, obcecado pela ideia superior da Liberdade.
Ouçam a sua música, leiam as suas palavras e essa será a melhor homenagem que lhe devemos prestar.
Até sempre companheiro de tantos «andarilhos».
Tanta revolta e incómodo ver partir MAIS UM dos que nos ensinaram tanto.
Tive o privilégio de aprender com a música e as palavras dos poetas que Paco cantava.
Como me lembro, ainda adolescente, da procura dos discos pelas lojas da especialidade, em Coimbra.
Quando se espalhava a notícia, clandestina, de um novo álbum lá se conseguiam uns escudos e comprava-se a obra.
Ela lá estava escondida, oculta por outros discos na prateleira.
Quem foi este cidadão do Mundo e amante da Liberdade?
Um inconformista aberto ao mundo.
Um ser profundamente humano que, segundo Vázquez Montalbán, “praticava constantemente a provocação cultural, a crítica dura e directa contra os sucessivos inimigos da emancipação individual e social”.
Um internacionalista convicto que adorava repetir: "Falo basco na minha infância, espanhol na escola, francês no exílio, italiano e hebraico no lazer, catalão na amizade..." .
Um marginal que sempre recusou medalhas e prémios: “um artista tem de ser livre nas ideias que tenta defender. Na primeira concessão, perdes parte da tua liberdade…".
Um corredor de longa distância pelos campos da sensibilidade e do compromisso, que com sua rebeldia incorruptível nos estimula a manter a consciência desperta.
Um artista, logo cidadão do mundo, obcecado pela ideia superior da Liberdade.
Ouçam a sua música, leiam as suas palavras e essa será a melhor homenagem que lhe devemos prestar.
Até sempre companheiro de tantos «andarilhos».