quinta-feira, junho 11, 2015

Eu cá gostei do discurso


O último discurso de Cavaco num dia da raça, aconteceu a 10 de Junho de 2015, em Lamego.
Finalmente acabou-se o suplício.
Espero e desejo que o erro seja aprendido, por forma a não se repetir a eleição de alguém que não tem estofo, de qualquer espécie, para desempenhar o lugar e, nem bolo-rei sabe comer – um parolo!
O último discurso foi a papel químico de tantos outros, desde que uma corja se arvorou em cão de fila das medidas de austeridade de uma troika. Sem tirar nem pôr. Ordinário - no sentido de vulgar, claro!
Lá vieram os apelos velados na maioria agora com a cambiante de apontar o futuro sem pessimismos nem maus augúrios. Que os portugueses «levantem a cabeça»!
Cavaco, na minha terra levantar a cabeça diz-se dos burros. Ora já percebemos que aquilo que nos fizeram foi tratar-nos pior que animais de carga – asinino!
Para Cavaco, Portugal pode olhar para o futuro com confiança se forem asseguradas orientações de política económica que permitam a concretização de quatro objetivos, nomeadamente o equilíbrio das contas públicas.
Atente-se que Cavaco não diz os portugueses!
Cavaco fala no abstracto…Portugal!
Portugal? A fauna, a flora, os calhaus rolados e tudo o que constitui o espaço físico – sim porque há a chamada geografia física!
«Se forem asseguradas…», o mesmo que dizer se continuar a governar a corja que por lá está!
“Da mesma forma que nunca vendi ilusões ou promessas falsas aos portugueses digo claramente: não contem comigo para semear o desânimo e o pessimismo quanto ao futuro do nosso país. Deixo isso aos profissionais da descrença e aos profetas do miserabilismo”.
Cavaco estava a lembrar-se, por um acaso, dos roubos do BPN; da austeridade IMPOSTA; dos que viveram acima das possibilidades; pelos barões do regabofe dos assaltos aos direitos adquiridos e jamais recuperados; dos eunucos que mataram a esperança e o sonho de milhões de portugueses empurrando-os para a emigração;
Profetas do miserabilismo?
Mais miséria da que existe?
Salários baixos, mão-de-obra barata, para quem se arrisca a um emprego; estágios e mais estágios pagos aos empresários(?) com o dinheiro ROUBADO aos contribuintes e sem qualquer compensação para os estagiários; cortes nos apoios sociais; uma segurança social que dá lucro mas que, no entanto, ameaça com mais e mais anos de trabalho e com falência; fome mais que muita; educação pura e simplesmente não existe e a que existe está entregue aos privados pagos com o dinheiro ROUBADO aos contribuintes; cultura? só se for a do milho para os gaviões; saúde pela hora da morte! Com hospitais e centros de saúde sem médicos, especialistas e cada vez mais as seguradoras a ganharem com a degradação do Serviço Nacional de Saúde; justiça que não funciona ou, quando se julga a funcionar só existe para os crimes de faca e alguidar. Os de colarinho branco e gravata escapam às celas e são imunes; uma forças ditas armadas que nada representam!
Miserabilista?
REAL, BEM REAL!
Haja honestidade sejam sinceros, nada de pantomineiros.
Estou farto!