Coitarados!
Meninos,
tiveram pouca mamã.
Carências
afectivas afunilaram-nos psiquicamente
desde a
impoética infância até este corrimento sentimental
em que,
grandinhos, se compensam, comprazem.
Continuam a
gotejar.
Coitarados!
Gulosos de
pontas de dedos,
perdem-se em
beijoqueirices, diminutivas ternurinhas.
Têm sempre
rebuçadinhos d'alma para as mulheres.
Falam freud
ao colo das amigas.
Fraldiqueiros.
. .
Vai levar-lhes
isso a nojo, machão?
MuIheres
gostam. Riem, prazidas.
«Venha cá à
mamã!»
O golpe do
coitadinho (não confundir com o golpe
do
irmãozinho, esse na base do esquema da alma gémea)
é o que
estás a ver: saltar para o regaço e pedir nhém nhém
em nome do
Sigismundo, daquele que dizia, salvo erro:
A alma?
Geme-a...
Fraldiqueiros
a mandarem
beijinhos por teleférico!de
saliva
Engatinhantes,
tiram do estojo complexos em forma de saxofone
e
tocantam-lhes a pingona freudista canção do bandido,
Fraldiqueiros.
. .
Mulheres
gostam. Até onde?