É um estudo muito interessante!!!
E cada voto vale o mesmo que outro. Simples não é?
Mas complicado para os donos da democracia.
Embora haja sistemas bem piores (o inglês, por exemplo) o método de Hondt aplicado a círculos distritais não passa de engenharia eleitoral, que as almas eleitas para a Assembleia Constituinte entenderam ser a melhor forma de garantir governos “estáveis”, e a ausência de minorias na Assembleia da República (convém não esquecer que essas almas foram eleitas num sufrágio onde três partidos foram excluídos, e não o sendo pelo menos um elegeria um deputado).
O Alexandre Abreu, no Ladrões de Bicicletas, deu-se ao trabalho de simular os resultados de Domingo (sem os círculos de emigração, outra ideia discutível) se tivéssemos como sistema eleitoral o mesmo método de Hondt, mas apenas um círculo nacional, e melhor do que isso, se os votos fossem mesmo todos iguais, e os deputados eleitos proporcionalmente no mesmo círculo nacional.
Desde 1976 o país mudou: os distritos do litoral encheram com o esvaziamento do interior, onde só dois partidos conseguem eleger deputados.
Precisamente os dois partidos que perderiam deputados para as minorias se a engenharia fosse substituída pela democracia.
A matemática convenientemente aplicada é a mãe das desigualdades.
O voto de um cidadão do litoral porque há-de valer mais e é mais livre do que o voto de um transmontano, de um beirão ou de um alentejano???
Está mal.
Aqui fica o resultado...estudem-no...os tais politólogos de ocasião, os da conversa da treta que não enche barriga, mas dá milhões....
Pois é....alguém ficava a perder ...e MUITO!!!!