Certas afirmações de uns bacocos e parolos provincianos fazem-me lembrar um pobre pedinte que, todos os dias esperava à entrada da igreja pela chegada do cardeal.
Quando este saía do carro o pedinte estendia-lhe a mão e suplicava-lhe uma moeda.
«Uma moeda para comer alguma coisa» - dizia o pedinte, com voz fraca e rouca.
O cardeal olhava para ele, com a altivez de quem fala com a barriga cheia e respondia-lhe invariavelmente.
- «Que sorte a tua teres fome»!!!
Num momento em que Portugal atravessa uma situação particularmente difícil, estabeleceu-se entre os responsáveis políticos um estranho consenso: temos que apostar na agricultura. São os mesmos que disseram que tinhamos que apostar nas auto-estradas, na Expo 98, na construção de estádios, na tecnologia, na educação e no TGV, mas nunca cuidaram de garantir que as apostas seriam sustentáveis. É mais uma de uma longa lista de “apostas”, “prioridades nacionais” e “opções estratégicas”.
Desta vez mandam-nos cavar para o campo.
A sugestão revela uma grande ignorância sobre as condições de Portugal para a agricultura, sobre o papel da agricultura num país desenvolvido (sempre menos de 3% do PIB) e sobre o princípio das vantagens comparativas.
Tenho 2 sugestões, primeiro, não tentem dizer-nos o que fazer, segundo, façam bem o que vos compete.
DE barriga cheia tão bem que fala....
Quando este saía do carro o pedinte estendia-lhe a mão e suplicava-lhe uma moeda.
«Uma moeda para comer alguma coisa» - dizia o pedinte, com voz fraca e rouca.
O cardeal olhava para ele, com a altivez de quem fala com a barriga cheia e respondia-lhe invariavelmente.
- «Que sorte a tua teres fome»!!!
Num momento em que Portugal atravessa uma situação particularmente difícil, estabeleceu-se entre os responsáveis políticos um estranho consenso: temos que apostar na agricultura. São os mesmos que disseram que tinhamos que apostar nas auto-estradas, na Expo 98, na construção de estádios, na tecnologia, na educação e no TGV, mas nunca cuidaram de garantir que as apostas seriam sustentáveis. É mais uma de uma longa lista de “apostas”, “prioridades nacionais” e “opções estratégicas”.
Desta vez mandam-nos cavar para o campo.
A sugestão revela uma grande ignorância sobre as condições de Portugal para a agricultura, sobre o papel da agricultura num país desenvolvido (sempre menos de 3% do PIB) e sobre o princípio das vantagens comparativas.
Tenho 2 sugestões, primeiro, não tentem dizer-nos o que fazer, segundo, façam bem o que vos compete.
DE barriga cheia tão bem que fala....