terça-feira, maio 26, 2009

Desemprego

Despedimentos atingem mais de 700 pessoas por dia útil, seguno o Diário de Notícias.
Desde Janeiro, inscreveram-se nos centros de emprego 58 477 pessoas na sequência de um despedimento.
Precários são os mais vulneráveis, mas os trabalhadores do quadro também têm cada vez menos garantias.
A precariedade é o principal factor de exposição ao desemprego, mas os trabalhadores que estão no quadro - e que terão maiores expectativas de estabilidade - também não escapam às consequências da recessão.
Desde o início do ano, inscreveram-se nos centros de emprego 58 477 pessoas na sequência de um despedimento - ou 704 por cada dia útil - o que representa um aumento de 65% face ao mesmo período do ano passado.
Estes dados, que comparam com um aumento de 35% no conjunto de novas inscrições, incluem os despedimentos individuais e as rescisões amigáveis - classificadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) como "despedimentos por mútuo acordo" - mas excluem a não renovação de contratos a prazo.
Janeiro foi o pior mês desde o início da série, que começa em 2003, mas em Abril estas situações ainda abrangeram 13 494 pessoas, valor que nunca tinha sido registado antes do início de 2009.
A região Norte do País assistiu a quase metade dos mais de 11,5 mil despedimentos unilaterais que aconteceram no mês passado, mas foi em Lisboa e Vale do Tejo que se concentrou o maior número de despedimentos por mútuo acordo.

O que acontece a quem perde o trabalho e se dirige ao IEFP?
A informação que todos os meses é divulgada permite apenas avaliar quantas pessoas foram colocadas através dos centros de emprego.
Desde o início do ano, o IEFP conseguiu arranjar trabalho a 7% dos mais de 250 mil novos inscritos.
É que numa altura em que o novo desemprego dispara, as colocações caíram 11%.
Pessoal dos serviços de segurança, vendedores ou trabalhadores não qualificados dos serviços, comércio, minas ou construção civil tem maior probabilidade de encontrar um trabalho através do IEFP.
Os salários rondam, em média, os 550 euros por mês, revelou recentemente ao DN o presidente do IEFP, Francisco Madelino.