sexta-feira, fevereiro 01, 2008

O «Amigo»


Há uma nova polémica a envolver o primeiro-ministro relativa a uma série de processos de obras de edifícios, assinados por José Sócrates, mas da autoria de outros técnicos.
Mais uma!!!!
Só que «esta» também «envolve» a Guarda, ou melhor os «amigos» da Guarda!!!
O jornal Público consultou, na Câmara da Guarda, aleatoriamente mil processos e encontrou projectos de edifícios assinados pelo agora primeiro-ministro.
José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele. Nalguns casos, esses documentos eram manuscritos com a letra de Fernando Caldeira, um colega de curso do actual primeiro-ministro que era funcionário do município e que, por isso, não podia assumir a autoria de projectos na área do concelho. Ler notícia aqui!!!
Do rol investigado, pelo menos 27 edifícios têm a assinatura de José Sócrates: "no essencial, trata-se de casas de emigrantes, ampliações e anexos mas também dois edifícios de habitação colectiva".
Dos 13 proprietários que o jornal conseguiu localizar, apenas um confirmou que foi Sócrates que "tratou do assunto".
Pois!!!!!
Embora se trate de uma prática sem relevância criminal, as chamadas “assinaturas de favor” em projectos de engenharia e arquitectura constituem uma “fraude à lei”, no entendimento do penalista Manuel Costa Andrade, e são unanimemente condenadas pelas organizações profissionais dos engenheiros técnicos e dos engenheiros.
Para Augusto Guedes, o presidente da Associação Nacional de Engenheiros Técnicos (ANET) : “A assinatura de favor põe em causa a honestidade intelectual de todos os técnicos, mesmo dos que não cometem esta fraude, mas são envolvidos num manto de suspeição”; “a assinatura de favor é uma fraude que devia ser criminalizada, porque quem assina um projecto que não elaborou está a subverter todas as regras da Engenharia e da Arquitectura e a pôr em causa a segurança dos cidadãos”.
O presidente da associação relaciona esta prática com a fuga ao fisco e com a corrupção, uma vez que normalmente não é declarada e “há dinheiro a circular que não é contabilizado”.
Pois é............mas, o «amigo»!!!
Ausente dos seus currículos, o trabalho de Sócrates como projectista é muito pouco conhecido. Mesmo os seus «amigos» da Guarda ignoram se essa actividade se estendia a outros concelhos.
Destacam-se os processos em que o primeiro-ministro, então engenheiro técnico ao serviço da vizinha Câmara da Covilhã, assina – quase sempre com reconhecimento notarial(?) – peças manuscritas, nomeadamente memórias descritivas, termos de responsabilidade e cálculos de betão, em que a caligrafia usada nada tem a ver com a de José Sócrates. Muitas vezes, essa caligrafia, inconfundível, é a mesma que aparece nos autos das vistorias realizadas no fim das obras pelos técnicos da Câmara da Guarda: a letra de Fernando Caldeira, colega de curso do primeiro-ministro e que, por ser funcionário do município, estava legalmente impedido de subscrever projectos na área do concelho.
Eheheh!!!!
Isto começa a ser interessante.
Alguns, como Aníbal Beirão, um empresário de Porto da Carne, não só negam que Sócrates tenha tido alguma intervenção nas suas obras, como identificam claramente quem o fez. “Tratei de tudo com o eng. Caldeira e foi a ele que paguei. Agora quem assinou não sei”, diz.

Pois não sabe, claro!!!
Entre alguns engenheiros e arquitectos da Guarda, que pedem anonimato, a versão que corre sobre a ligação profissional de Sócrates à Guarda é simples e é assim resumida por um deles: “Havia aí um grupo de técnicos da câmara que açambarcava uma boa parte dos projectos de casas dos emigrantes. Como não podiam assinar punham o Sócrates a fazê-lo, porque ele era da Covilhã e não tinha esse problema” de impedimento legal.
De acordo com esta versão, o «grupo» era composto por Fernando Caldeira, António Patrício e Joaquim Valente, todos engenheiros técnicos e antigos colegas de José Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.
Amigos!!!!
O primeiro e o segundo são hoje directores de departamento na Câmara da Guarda e o último, que apenas foi técnico da autarquia em 1980 e 1981, tendo depois desenvolvido a sua actividade em duas empresas que criou, tornou-se presidente da mesma Câmara em 2005.
Dos três, só António Patrício nega que alguma vez tenha tido relações profissionais com Sócrates. Os outros admitem ter trabalhado com ele, mas sempre “para ajudar pessoas a resolver os seus problemas”.
Bem de ver!!!
«Ajudar pessoas a resolver os seus problemas»!!!
Que pessoas?
Sócrates???
O caminho da VERGONHA!!!!
Já agora, a fotografia da casa apresentada neste post, é um dos «raros» exemplares da «arte» de Sócrates, cá pela «coutada» da Guarda.
Pode ser «apreciada» e «estudada» na aldeia de Valhelhas!!!!
Repare-se na beleza estética da mesma.
Um primor, bem de ver!!!
Uma obra digna de um projectista «vanguardista».
ESTUDE-SE!!!