quinta-feira, abril 10, 2025

Filhos de um deus menor!

A mobilidade que certa canalha, da laia dos regedores, tanto fala é um engodo.
Os transportes públicos não estão preparados para cidadãos com mobilidade reduzida.
Aqui pela Guarda os autocarros nem rampa possuem.
O espaço entre os bancos é reduzido e não permite a circulação de uma cadeira de rodas.
A grande maioria dos autocarros circulam sem a campainha de aviso de descida. O cidadão tem que gritar para o condutor parar na paragem. Mobilidade também devia englobar os cidadãos invisuais. Nos autocarros dos STUG (Serviço Transportes Urbanos da Guarda) sem campainhas, também não há sinalização sonora, quer da chegada do autocarro, quer do respetivo número da carreira e destino. E com a proliferação desordenada, caótica das trotinetes a circularem a alta velocidade por tudo o que é sítio, aqui pela Guarda, imagine-se o risco que correm os cidadãos invisuais, pelo menos. Antes de darem dinheiro a ganhar à empresa das trotinetes e bicicletas deviam ter criado as condições mínimas para a circulação de tais veículos. Não posso, nem devo esquecer o que se passa no Parque Urbano do Rio Diz. Trotinetes a alta velocidade, bicicletas a circularem em zonas proibidas é o descalabro total. Até já houve trotinetes atiradas ao lago. Para que servem as placas, colocadas em faixas azuis, que os contribuintes pagaram? Ninguém cumpre.
Mas nos comboios é o mesmo, dificuldade na mobilidade. No comboio é exigida uma antecedência de pelo menos seis horas nos pedidos de acesso às carruagens e fica-se a depender da boa vontade dos funcionários para colocarem a rampa.
Mas quer nos comboios, quer no metro, nas cidades onde existe, os cidadãos com mobilidade reduzida não conseguem utilizar os elevadores que pomposamente lá estão. Só para "turista" ver! A maioria das vezes os elevadores estão avariados.
A canalha dos regedores quando falar de mobilidade deviam lembrar-se que a maioria dos cidadãos com mobilidade reduzido raramente conseguem ir a outros locais além dos rotineiros e habituais. Não há transportes condignos que possibilitem tais deslocações.
Tenham um pingo de vergonha quando falam de mobilidade.
Detesto hipócritas.
Sociedade inclusiva? Aqui em Portugal não é com toda a certeza.
Calai-vos abutres nojentos.