domingo, agosto 20, 2023

E a exploração nas JMJ foi mais do que muita.

Escravizados algo que a Igreja Católica Apostólica Romana sabe muito bem realizar.
As queixas dos que trabalharam nos quiosques-bar e da venda ambulante de bebidas no Parque Tejo, na Jornada Mundial da Juventude são mais que muitas.
Sem água ou refeições, turnos de 14 horas e falta de contrato são algumas das queixas.
Bem sei que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana concedeu a «exploração» do espaço a uma empresa. 
Bem sei!
Bem sei que a organização do evento teve o apoio do Estado.
E depois?
Não competia à Igreja e ao Estado zelar pelo cumprimento dos direitos dos trabalhadores junto da entidade exploradora?
Exploração, pois muito bem. 
Nada a estranhar.
Houve quem recebesse apenas uns míseros 15 euros e outros NADA.
Quando o acordado tinha sido um valor base de 150 euros mais comissões, para trabalho dentro de bares protegidos do calor, com quatro refeições e água gratuitas e um espaço para descansar. 
Mas, como sempre, os exploradores a meio do contrato mudam as regras. 
Passaram a obrigar os jovens a ter de fazer venda ambulante, e a ganhar 40 cêntimos por cada garrafa de água vendida. Obrigaram os jovens a trabalhar 14 horas seguidas e a não espeitarem o período de descanso entre turnos legalmente estabelecido em 11 horas de descanso obrigatórias.
Podem gritar, cantar e dançar ao som dos tambores que a exploração voltou.
Grande organização seus calhordas!