Aqui
há uns meses anunciava-se com o «barulho» habitual a seguinte notícia…
«Segundo
o Expresso, o Ministério Público tem em seu poder uma lista de nomes de pessoas
a quem o Grupo Espírito Santo untou as mãos com avenças clandestinas pelo menos
durante os últimos vinte anos. De acordo com a mesma fonte, as autoridades
encontraram ainda uma fortuna de dois milhões de euros em notas armazenadas
numa dependência usada pelo mesmo grupo.
Da
lista dos beneficiários desse prestimoso saco azul fazem parte, ainda e sempre
nos termos da notícia do semanário, políticos, autarcas, funcionários públicos,
gestores, empresários e jornalistas, que dispõem de contas offshore onde
amealham as retribuições subterrâneas e isentas de impostos, algumas delas
bastante generosas, em troca dos favores prestados ao grupo especializado em
actividades de latrocínio fino, polido e abençoado. E que nós, os
contribuintes, continuamos a financiar sob a mirada severa e titular dos
autocratas do Banco Central Europeu, que se recusam a prestar contas aos
Parlamentos eleitos.
O
Expresso revela que o conteúdo da lista é “explosivo”, adjectivação que não se
presume exagerada. O rol não será mais que uma faceta do terrorismo de gravata
e luva branca que há muito mina as nossas vidas, fazendo do 25 de Abril aquilo
em que nunca deveria ter-se transformado.
Políticos,
autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários, jornalistas: as
categorias onde se move a fina flor de quem gere efectivamente o país naquilo
que ainda sobra do espaço de decisão absoluta sequestrado pela União Europeia.
Quarenta e dois anos depois do primeiro dia da Liberdade, há neste recanto
europeu um povo que tem de liberdade o pouco que escapa ao sistema de poder
discricionário montado por tecnocratas não-eleitos e manipulado por polvos de
corrupção onde vale de tudo um pouco: de políticos avençados por banqueiros
ladrões à fuga organizada aos impostos; de propagandistas pagos para mentir a
gestores peritos em falcatruas; de funcionários que minam o Estado por ordem da
venalidade privada a empresários bem-sucedidos sobretudo na economia clandestina,
a autarcas que vendem os votos dos cidadãos por maços de notas armazenadas
sub-repticiamente.»
Tal
como no caso dos «papers do Panamá» tudo serviu para MANIPULAR!
Curioso,
ou talvez não, serem sempre os mesmos arautos…
Já
começa a cheirar mal… muito mal!