domingo, outubro 17, 2010

A Golpada de sempre

Mais uma golpada num triste país chamado Portugal.
É uma golpada com muita classe, e os golpeados somos nós....
O cavalheiro Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
É assim para o zé povinho!!! Para alguns filhos da «passarinha» já não é!!!
Ora com o senhor Vasconcelos foi uma GOLPADA!!!
Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2 400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Leram bem???
Isso mesmo!!!
Está confuso ou perplexo???
Eu escrevi que o «tal»  senhor Vasconcelos se despediu.
Pois escrevi .........ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!!!!
E a pergunta «sacramental»: «Então, o tal de Vasconcelos fica a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos?
Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Perguntem ao INCOMPETENTE Teixeirinha dos Cantos!!! Ele sabe e o Sócrates também....
Neste país os pobres que paguem a crise.
Mas, se fizermos a mesma pergunta ao ministro da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE».
E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos  excelsos, incompetentes e ordinários (em termos jurídicos, claro está) dos governantes deste radioso país.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis.
Que levam pelos queixos com um PEC enésimo que os mata lentamente.
 Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.
E pergunta o senhor contribuinte que alimenta tal corja, e que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.
Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.
MAS É JÁ!!!
Esta corja e coio de indigentes e parasitas sociais tem de PAGAR TUDO ISTO!!!