segunda-feira, novembro 10, 2008

Pulhice


O governo e a direcção da bancada do Partido Socialista pressionaram fortemente os deputados do PS para que votassem a favor do Código de Trabalho.
Segundo o Diário de Notícias, o governo estava apavorado perante o risco de perder a maioria e o Código de Trabalho não ser aprovado.
Apesar da maioria do PS, de seis deputados se ter reduzido a apenas um, não havia riscos para o governo, porque o PSD e o CDS-PP o ajudaram, abstendo-se.
"Passei noites sem dormir" disse a deputada Matilde Sousa Franco ao DN, que revela que na própria 6ª feira, 7 de Novembro de 2008 dia da votação do Código de Trabalho em plenário da AR, foi chamada para uma "conversa" com o ministro Augusto Santos Silva.
Cinco deputados do PS (Manuel Alegre, Teresa Alegre Portugal, Matilde Sousa Franco, Júlia Caré e Eugénia Alho) votaram contra as alterações ao Código de Trabalho, propostas pelo Governo, que inverteu a posição que o PS tinha, quando estava na oposição, e propôs alterações ao arrepio de tudo o que o partido e o actual ministro do Trabalho tinham defendido na discussão do Código de Trabalho de Bagão Félix em 2003.
O PS tem 121 deputados contra 109 da oposição, se 6 deputados do PS votassem contra a posição governamental ou do seu partido, a votação podia ficar empatada 115-115.
Foi este temor que assaltou o governo e a direcção de bancada do PS, segundo revela neste Sábado o jornal Diário de Notícias.
Porém, não havia problemas, porque ao contrário do Bloco de Esquerda, do PCP e dos Verdes, que votaram contra o Código de Trabalho, a direita, PSD e CDS-PP, absteve-se na votação, ajudando assim o governo Sócrates.
Segundo o DN, o governo ameaçou mesmo os deputados do PS de que tiraria "todas as consequências" desse hipotético chumbo.

Assim se faz a democracia, com chapeladas e mais chapeladas, coarctar o direito de cada UM dizer e fazer o que a sua consciência lhe determina!!!
A isto, chama-se PULHICE!!!
E enchem estes «democratas de aviário» a boca com a palavra liberdade!!!
Só mesmo da boca para fora, no resto são uns ditadores.