quarta-feira, novembro 28, 2007

A desilusão anunciada.


A Guarda, ao longo destes três anos, continuou a caminhar a passos largos para o abismo.
Sucedem-se as retóricas e os projectos falhados.
Sucedem-se as conversas fiadas e destroem-se oportunidades.
Descapitaliza-se o património urbano, paisagístico, histórico e principalmente o humano.
O que não se descapitaliza é o pedantismo dos tráficos de influências, das clientelas partidárias e tudo que possibilite vitórias eleitorais.
Sucedem-se os novos senhores arrogantes, prepotentes, bacocos que arrasam sonhos e constroem a divina fortuna.
O povo definha com a pobreza que vai assolando, matando e quebrando as quimeras das ilusões construídas nos arraiais das feiras e romarias.
Criaram-se expectativas de empregos. Anunciaram-se 1 500.
Só se for o ano de 1500, descoberta do Brasil para uns, desilusão e frustração para muitos.
Basta de tanta mentira.
O futuro de todos nós, os que pugnam por justiça, liberdade e direitos está seriamente ameaçado.
Serão anos e anos de penúria, falta de investimento e pobreza.
Atraso ainda e cada vez mais em relação a um País e a uma Europa.
Desgraçadamente fomos sendo empurrados para um fatalismo que convém a alguns mas que nada e em nada fizemos para o merecer.
Inspira-se mas pouco se expira.
Inspira-se o ar, quando não está poluído ou quando o radão deixa.
É altura de dizer basta a tanto despotismo e quebra de confiança, assim o queira, definitivamente, a população da Guarda.