Não nos bastava toda a situação decorrente de uma grave crise económica nacional, como ainda a agravá-la, temos as penalizações do poder central, face à nova Lei das finanças Locais, sobre o endividamento excessivo da câmara da Guarda.
A Guarda vai ser penalizada em quase 122 mil euros, o valor total que o Estado vai reter mensalmente, em 2008, das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).
Com todos estes cortes orçamentais quem vai «pagar» com o esbanjamento, falta de rigor orçamental, despesismo do executivo camarário serão as populações.
Assim, continuarão a faltar os projectos estruturantes, as infraestruturas básicas, os fundos económicos para as freguesias, as verbas para as escolas, a falência de muitos fornecedores e empresas que gravitam em torno dos dinheiros camarários.
Em suma, a actividade da câmara será exclusivamente de mera gestão dos vencimentos dos funcionários.
Gerir o que há na Guarda?
Mas o que há?
Se nalgumas autarquias onde o endividamento se verificou existe obra feita, na Guarda não existe QUASE NADA ou mesmo NADA.
Pergunta-se. ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?
Desde sempre defendemos uma auditoria à actividade da câmara para apuramento não só de todos os despesismos mas, principalmente, para responsabilizar todos aqueles que contribuiram para o estado caótico em que se encontram as finanças da câmara da Guarda.
Não o quiseram!!!
Nenhum outro partido o defendeu. Lá sabem porquê!!!!
Justificam os rsponsáveis camarários que o endividamento da câmara se deve à indeminização que o Tribunal decidiu sobre a expropriação da Quinta do Alarcão.
E os erros pagam-se caro.
Erros de estratégia mas igualmente de possibilitar a construção de um prédio junto à dita quinta, onde a volumetria do mesmo, determinou e de que maneira, a valorização exponencial do terreno a expropriar.
Erros de gestão mas também de planificação.
Resultado, ficarão nos cofres do Estado 90.699 euros por mês até que sejam recuperados os 1,4 milhões de euros.
Resultado, ficarão nos cofres do Estado 90.699 euros por mês até que sejam recuperados os 1,4 milhões de euros.
Assim vai a Guarda.
A cidade dos cinco "efes": fria, forte, farta, fiel e formosa na versão "ligth".
Agora junta-se outro bem real: falência.
Falência de ideias, de projectos e principalmente de transparência.