segunda-feira, novembro 19, 2007

O pior cenário


Não nos bastava toda a situação decorrente de uma grave crise económica nacional, como ainda a agravá-la, temos as penalizações do poder central, face à nova Lei das finanças Locais, sobre o endividamento excessivo da câmara da Guarda.

A Guarda vai ser penalizada em quase 122 mil euros, o valor total que o Estado vai reter mensalmente, em 2008, das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).

Com todos estes cortes orçamentais quem vai «pagar» com o esbanjamento, falta de rigor orçamental, despesismo do executivo camarário serão as populações.
Assim, continuarão a faltar os projectos estruturantes, as infraestruturas básicas, os fundos económicos para as freguesias, as verbas para as escolas, a falência de muitos fornecedores e empresas que gravitam em torno dos dinheiros camarários.
Em suma, a actividade da câmara será exclusivamente de mera gestão dos vencimentos dos funcionários.
Gerir o que há na Guarda?
Mas o que há?
Se nalgumas autarquias onde o endividamento se verificou existe obra feita, na Guarda não existe QUASE NADA ou mesmo NADA.
Pergunta-se. ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?
Desde sempre defendemos uma auditoria à actividade da câmara para apuramento não só de todos os despesismos mas, principalmente, para responsabilizar todos aqueles que contribuiram para o estado caótico em que se encontram as finanças da câmara da Guarda.
Não o quiseram!!!
Nenhum outro partido o defendeu. Lá sabem porquê!!!!
Justificam os rsponsáveis camarários que o endividamento da câmara se deve à indeminização que o Tribunal decidiu sobre a expropriação da Quinta do Alarcão.
E os erros pagam-se caro.
Erros de estratégia mas igualmente de possibilitar a construção de um prédio junto à dita quinta, onde a volumetria do mesmo, determinou e de que maneira, a valorização exponencial do terreno a expropriar.
Erros de gestão mas também de planificação.
Resultado, ficarão nos cofres do Estado 90.699 euros por mês até que sejam recuperados os 1,4 milhões de euros.
Assim vai a Guarda.
A cidade dos cinco "efes": fria, forte, farta, fiel e formosa na versão "ligth".
Agora junta-se outro bem real: falência.
Falência de ideias, de projectos e principalmente de transparência.