Arménio Matias, um dos quadros mais conhecidos do sector ferroviário, esteve seis anos e meio na CP sem que lhe tivesse sido atribuída qualquer função ou tarefa, apesar de receber cerca de 100 mil euros por ano, mais telemóvel e automóvel, tendo também direito a secretária.
O ex-administrador justifica assim a rescisão do contrato com a empresa para onde entrou há mais de 35 anos, Link.
«..... a minha actividade durante esses cinco anos e meio limitou-se à participação em três reuniões de quadros da empresa.»
Arménio Matias foi administrador da CP entre 1985 e 1990, tendo depois feito uma incursão na área das telecomunicações na Teledifusão de Portugal.
Regressado à ferrovia, foi administrador do Metro do Porto, do Metro Mondego e mais tarde da Rave onde, em conjunto com Manuel Moura, delineou o desenho da rede de alta velocidade que viria a ser escolhido pelo governo de Durão Barroso.
Em declarações ao Público, Arménio Matias diz que não é um caso único e que há mais quadros qualificados na prateleira......... .
Pois deve haver, senhor administrador, não duvidamos.
Já agora, este senhor foi o tal que se lembrou de defender em 4 de Março de 2004 estações da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) no Alto Minho (linha Porto/Vigo) e na Guarda (linha Porto/Salamanca).
Ele lá sabia do que falava!!! Não é????
O seu «epílogo» está aqui. Mas se não quiser ler a «prosa» do ilustre, aqui ficam alguns respingos. A determinada altura diz o putativo administrador: « Desde miúdo que possuo condições naturais de liderança, tal como sempre consegui marcar as opções das equipas que fui integrando. Quanto mais inteligente era a personalidade que as liderava mais peso tinha o meu pensamento estratégico».
Não precisa dizer mais nada, mas é que mesmo mais nada!!!
Depois, vem o elogio fúnebre aos que nunca o traíram.
«A minha matriz ideológica é de centro esquerda, tal como foi a de Sá Carneiro e a são de Cavaco Silva ou de José Sócrates. Mantenho simpatia pela direita nacionalista, em cujos ideais cresci».
Esta do centro-esquerda é uma nova Floribela, novela, a Maria também diz o mesmo. Vá-se lá saber que centro e que esquerda.
Fica-lhe bem o reconhecimento a todos os que nunca o deixaram fazer nada, os que o deixaram vegetar à custa do trabalho dos outros, os que lhe pagaram um ordenado por fazer NADA.
E, mais à frente:«Defensor de um sindicalismo livre e independente, logo que fundei a estrutura político laboral social-democrata na CP provoquei a completa alteração do panorama laboral na Empresa».
Mas precisava de o dizer, senhor administrador? Já todos nós o sabiamos. Estar cinco anos sem nenhuma função atribuída, cai-lhe que nem uma luva.
Ou será que o seu horizonte político «passa» pela ida para a UGT?
Estes Conselhos de Administração são um antro de parasitas.
Melhor exemplo? Quantos Arménios não há nesses Conselhos?
CP, de Caminhos mas de Ferro, não confundir com CP - Cromos de Portugal.
Qualquer semelhança é pura coincidência......só pura!!!!!