Razão tinha Mestre Aquilino Ribeiro, «A Nação é de todos, a nação tem de ser igual para todos. Se não é igual para todos é que os dirigentes que se chamam estado, tornam-se Quadrilha.»
No Alentejo e na região centro do país a maior carência é de médicos. O Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas, autor do estudo, acrescenta que Portugal precisa de readaptar territorialmente os recursos de saúde e de serviços sociais, principalmente, aos mais idosos. Pois precisa e há muito. Contudo, nada é feito e os problemas agudizam-se. Assim, há muita canalha a ganhar com essa falta de recursos. Lares clandestinos, hoje fecham num determinado local e amanhã reabrem noutro. Lares e centros de dia que beneficiam dos acordos com a Segurança Social e não cumprem. Quanto a cuidados a situação é assustadora. Só lhes interessa o lucro. Sofrem os institucionalizados e calam os familiares. Quando se preocupam com eles, pois muitos são despejados como objetos sem utilidade e empecilhos.
Em vez de falarem de revisões, preocupem-se com a situação de miséria que vai a crescer em Portugal. E como consequência os cidadãos acreditam em falácias, falsas promessas e num paraíso nunca inatingível, propagandeado por bufões.
E eis que ontem quase todos os canais do lixo transmitiam em direto e a preto e branco, a memória não gosta das cores, a assunção de um milico a candidato a Presidente da República.
Mais um presente envenenado de um Costa. Na primeira, segunda e restantes filas canalha condenada e presa por roubar Portugal, ou por aqueles que a coberto de uma injustiça safaram-se da cadeia. Lambe-cus não faltaram também. Lembrei-me da "tourada" do José Carlos Ary dos Santos. "Entram guizos, chocas e capotes E mantilhas pretas Entram espadas, chifres e derrotes E alguns poetas Entram bravos cravos e dichotes Porque tudo mais são tretas". E que tretas. Mão no peito, só a saudação nazi. Um discurso do antes do 25 de Abril notoriamente. "Entram vacas depois dos forcados Que não pegam nada Soam bravos e olés dos nabos Que não pagam nada E só ficam os peões de brega Cuja profissão não pega". E os veiculadores das falsas notícias, dos manipuladores e dos que enchem a pança na gamela gritam "olés" e regozijam-se com a assunção. "Entram cavaleiros à garupa Do seu heroísmo Entra aquela música maluca Do passodoblismo Entra a aficionada e a caduca Mais o snobismo e cismo". E nem faltou a referência à guerra. Mais e mais dinheiro para armas. E o definhamento dos portugueses nada importa. "Entram empresários moralistas Entram frustrações Entram antiquários e fadistas E contradições E entra muito dólar, muita gente Que dá lucro aos milhões". Mais um degrau para os Xungas subirem. Nem se duvide!
Lembrar a História que não é falada, nem pensada nas escolas.
Em 1431, durante a Guerra dos 100 Anos, Joana d’Arc foi queimada viva em Rouen. O tribunal criado pelos ingleses tinha-a acusado de heresia, de se deixar guiar por visões demoníacas, de recusar submissão à Igreja e de blasfémia... por vestir roupas de homem. A 23 de maio de 1430, foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Entregaram-na ao governo inglês, invasor de França. Estes colocaram o seu julgamento nas mãos do bispo Pierre Cauchon. Este bispo declarou-a culpada e foi sentenciada à morte na fogueira. Joana foi executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos. A sua morte, contudo, fez dela uma mártir e fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses. E com a revolta popular que ia a crescer, e cheios de medo o poder religioso e político vai de reverter a morte na fogueira. Como se tal fosse possível. Já no século XX, seria canonizada e elevada à condição de santa padroeira de França. Pudera, quem tem cu tem medo! A Revolução Francesa estava para rebentar! Hipocrisia e oportunismo, obviamente. A imagem de Joana d’Arc foi assim sendo usada e abusada para fins oportunistas desde reis, senhores feudais e da própria Igreja que a condenou à fogueira. Em 1456, um tribunal inquisitorial foi autorizado pelo Papa Calisto III para examinar o seu julgamento, revendo as suas acusações e proclamando a sua inocência, formalmente declarando Joana como uma mártir da igreja. Mártir da Igreja? Eles disseram isso? Ato (no AO antigo acto) de contrição? Nada disso. No século XVI foi usada como símbolo pela Liga Católica contra os protestantes e, em 1803, Joana foi oficialmente declarada como um símbolo nacional da França por decisão do imperador e ditador Napoleão Bonaparte. Tudo em prol de interesses bem confessáveis.