quinta-feira, julho 18, 2024

O juiz decidiu...

E mais uma vez a vontade popular e todos os esquemas que envolvem o estudo do impacto ambiental na exploração do lítio em Montalegre foram deitados ao lixo.
Um juiz, do alto da sua crista, considerou o processo cautelar improcedente e, em consequência, indeferiu a providência cautelar requerida.
A vontade da população foi destroçada!
O tribunal concluiu, assim, que não se mostrava preenchido o “periculum in mora”, um dos requisitos necessários para a concessão da providência cautelar, por não haver "fundado receio da constituição de uma situação de facto consumado ou da produção de prejuízos de difícil reparação para os interesses que o requerente visa assegurar no processo principal".
Não existem prejuízos???
Só para rir!
Então e o impacte “muito negativo” na água da barragem do Alto Rabagão, um bem essencial quer para o consumo público, quer para a alimentação dos animais, ditos irracionais, e a irrigação dos campos?
E a necessidade de proteger o lobo-ibérico? Se vai destruir o meio ambiente?
Ainda a deslocalização de cidadãos do seu habita natural para outras regiões?
Não são prejuízos?
Lembrar ao douto e impoluto juiz que a região é Património Agrícola Mundial.
Sabia? Duvido!
E para os menos atentos ao processo lembrar que a concessão mineira do Romano foi assinada em 28 de Março de 2019 entre a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Lusorecursos Portugal Lithium, uma empresa constituída TRÊS dias antes da assinatura do contrato.
Acresce ainda que a mina do Romano, em Montalegre, é um dos projetos que originaram a investigação sobre um alegado favorecimento no negócio do lítio e que levaram à demissão do primeiro-ministro, Costa.
As razões apontadas não seriam, só por si, motivo de estudo por parte do putativo juiz?
Estou farto!
Vencidos? NUNCA!
A luta continuará...