quinta-feira, janeiro 11, 2024

O "Ultimatum" e o fim da monarquia parasita!

 A 11 de Janeiro de 1890, os "amigos ingleses", como lhe chama a canalha estúpida, envia para Portugal o seguinte telegrama: "ou abandonam o chamado mapa cor-de-rosa, ou bombardeamos Lisboa".
Portugal acobardou-se, está visto, e cedeu. A covardia dos poderes instalados, ao longo da História de Portugal, foi sendo o habitual. A subordinação aos poderosos caracterizou a canalha governativa, sempre! Já dizia Camões que "um rei fraco faz fraca a forte gente"! Não se julgue que a missiva dos gatunos ingleses tinha alguma coisa a ver com autodeterminação ou coisas dessas. Nada disso! Estávamos em 1890 e os poderosos queriam a terra africana para exploração dos recursos naturais. Os «bifes» queriam unir a África do Sul ao Cairo por linha férrea para dessa forma pouparem no roubo das riquezas naturais. Quem construiu o Caminho de Ferro de Benguela que unia o porto do Lobito ao Catanga, do minério no Congo? Os ingleses! Basta estudar e saber o que os poderosos da Europa exigiam na Conferência de Berlim, em 1884. Está lá tudo! Estudem canalha! Qual a mais antiga "aliança"? Sois uns escrotos nojentos. Explorados sempre até ao tutano pela monarquia inglesa e os seus lacaios! Só pode falar em "Aliança" um acéfalo! Quanto do ouro do Brasil foi parar à monarquia inglesa e aos seus súbditos? E o "Tratado dos panos" que está na génese do capitalismo selvagem e do trabalho escravo nas empresas?
Lembro aqui as palavras de António José de Almeida, jovem estudante em Coimbra, que escreveu nas páginas d’ O Ultimatum, de 23 de Março de 1890, o artigo “Bragança, o último”, que o levaria a ser condenado a três meses de prisão:
“A 11 de janeiro, o Ultimatum do inglês; e o rei que até aí era um simples larápio, passou a ser, na boca das folhas revolucionárias, um grande gatuno; ele que até aí possuía uma inteligência medíocre, passou a ser simplesmente um bruto; ele que até aí exibia, no seu descoco de pedante, uma educação deficiente, passou a ser um pacóvio (…)”.
Brilhante! Pena é que poucos tenham entendido o alcance das palavras de António José de Almeida e como elas se aplicam na íntegra até agora!
A monarquia portuguesa dava o último suspiro, felizmente!