quarta-feira, janeiro 24, 2024

Luís Vaz de Camões

O maior de todos - Luís Vaz de Camões.
Faz 500 anos!
Sim, o poeta épico vive eternamente. Ele pertence por direito próprio aos que "da lei da morte se foram libertando".
O meu primeiro conhecimento da sua obra heroica "Os Lusíadas" surgiu no 5.º ano, actual 9.º ano.
As orações, a gramática, sempre a gramática, a obrigar-nos a olhar para o poema épico como algo de abordagem difícil.
Felizmente tive um professor de português que nos ensinou a ler e a perceber o que a obra nos transmite. Felizmente!
O Renascimento, sempre o renascimento presente!
Como aprendemos a gostar do poema. Mas não foi apenas o épico. Ensinou-nos a gostar do lírico e do dramático de Camões.
Ah! E os sonetos?
Um génio da literatura e tão esquecido.
Quem não reconhece neste soneto muito da nossa vivência?
A fermosura fresca serra,
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;

o rouco som do mar, a estranha terra,
o esconder do sol pelos outeiros,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branda guerra;

enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos ofrece,
me está (se não te vejo) magoando.
Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;

sem ti, perpetuamente estou passando
nas mores alegrias, mor tristeza

Só quem aprende a gostar sabe reconhecer o valor do imortal!
Obrigado ao meu professor!