Começo por fazer uma declaração de interesses para que não surjam dúvidas em certas mentes mais sujas.
Sou dos que não acredito em sondagens.
Mas que o «estado da nação», da nação portuguesa, está deverás mau é manifesto e nenhuma sondagem o pode negar, por maiores e mais notas artísticas de contorcionistas, trapezistas e encantadores de serpentes espalhem «boas novas».
A sondagem que recentemente deu à estampa, mesmo não acreditando em dados estatísticos falseados, prova o que o cidadão comum pensa e sente.
Vivemos momentos muito difíceis onde a pobreza e o endividamento, em especial das famílias, aumentam para níveis alarmantes.
Cumulativamente temos um poder executivo acéfalo.
Um poder legislativo que é um pântano de corruptos.
Um poder judicial prepotente que extravasa as suas competências e se quer afirmar como o braço armado e persuasivo do poder executivo.
E como laço do embrulho nojento temos um inútil que consegue dizer uma coisa e o seu contrário com a maior das desfaçatezes. Sempre com aquele ar de superioridade, que enoja, de olhar o infinito e estar sempre a chamar-te de asno, imbecil e totó.
Sem falar em certos editores, comentadores e comedores da pia. Os serviçais do costume que iludem, falseiam, mentem, entretêm e bajulam o homem do balde.
O «estado da nação» cheira mal, muito mal.
Não se quer a mudança da página. Mas que ideia mais estapafúrdia e suja. Mudar a folha com cuspe?
Porcos!
Exige-se fechar o livro e abrir um novo arejado, limpo e com a corrupção bem longe.
Farto da canalha imbecil, deboche e escarro de tuberculoso.
Alternativas?
Esqueçam!
Nesta democracia representativa em que a elite se representa a ela própria não há alternativas.
O mesmo de sempre com o disco, cd, dvd bem riscado a reproduzir os temas sempre gastos e enganadores para um povo que gosta de ser enganado.
Façam-lhe bom proveito!