sábado, abril 01, 2023

Assim vai o SNS no distrito da Guarda

 O presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Guarda (ULS) continua a usar e abusar do egocentrismo e da fanfarronice para negar o que é evidente, a degradação dos serviços na área de abrangência da unidade de saúde de que é presidente. 
Vem dizer que há serviços médicos estabilizados no Hospital Sousa Martins, na Guarda. 
Mas será preciso lembrar ao senhor Barranca que a ULS da Guarda não é apenas e tão só o Hospital Sousa Martins? 
E mesmo no hospital que segundo o presidente do Conselho de Administração a situação clínica está estabilizada há lacunas gravíssimas nomeadamente naqueles serviços que mais necessita uma região altamente envelhecida. 
Não é só o caso da ortopedia. 
Há muitos outros. 
A justificação de que o surgimento de novas especialidades, como o caso da Hematologia e a aposta no serviço de Oncologia por si só são importantes mas não podem nem devem ser a nuvem de fumo que se pretende lançar para as gravíssimas carências a nível de outros, muitos outros serviços que estão em ruptura.
É aliás o próprio presidente Barranca que reconhece preocupações com a rede de cuidados de saúde primários, nomeadamente em alguns concelhos e também reconhece que há utentes na Guarda sem médico de família. 
Grave, gravíssimo. 
A situação é deveras preocupante. 
Mas lá vai dizendo que quando chegou à ULS da Guarda, havia Centros de Saúde que estavam na iminência de fechar por falta de médicos. 
Quais? 
Isso significa que a sua antecessora nada fez e os louros são todos seus?
Remata dizendo que tudo está a fazer para trazer novos médicos para a Guarda e consequentemente para o Hospital Sousa Martins.
Será necessário reavivar-lhe a memória? 
É que o Hospital Sousa Martins presta serviço à Guarda e a todo o distrito. 
Reclamar atratividade à cidade da Guarda e ao hospital é muito pouco. Importa que todos, sem excepção, colaborem nessa atratividade que fala para alocar novos especialistas nas tais áreas onde existem lacunas e nos tais Centros onde ainda há falta de médicos.
É imperioso que de uma vez por todas o Serviço Nacional de Saúde cumpra um dos sues desígnios, desde a primeira hora, ser universal.