Continuando a analisar o ponto de antes da ordem de trabalhos, da Assembleia Municipal da Guarda, de 26 de Setembro de 2022, falemos de um «projecto», que depois passou a «recomendação» dado o regimento não prever tal figura, relativo a «viveiros».
O nome do projecto/recomendação é «Floresta»!
A apresentação ficou a cargo da deputada Lucinda Fernandes, da bancada do PSD, subescritora do projecto/recomendação.
Segundo a deputada a proposta «vem no sentido de apoiar as populações essencialmente rurais envolvendo o poder autárquico e as freguesias na elaboração de um projecto conjunto a que chamamos de viveiros florestais de espécies autóctones».
E mais à frente a senhora deputada refere que «a implantação destes viveiros deve ser feita nas freguesias que apresentem mais qualificações para o efeito devendo sobretudo da criação de postos de trabalho e da qualidade das áreas disponíveis». Ainda segundo a senhora deputada o êxito do projecto centrar-se-ia em dois eixos fundamentais «melhoria da qualidade da floresta e da melhoria da qualidade socioeconómica dos agricultores, proprietários e/ou investidores».
A «recomendação» é só isso mesmo, um conjunto de intenções que não vão ter consequências no panorama das florestas da nossa região com o flagelo dos incêndios.
Como foi aliás salientado pela própria subscritora da «recomendação».
Fica mais uma iniciativa que não é mais do que uma intenção.
A floresta deve ser protegida e tratada antes de tudo.
Mas como há interesses inconfessáveis sobre explorações mineiras a floresta será sempre um empecilho.
Que não se duvide!
Protecção ambiental?
Esqueçam!
A exploração que se anuncia tudo destruirá e o meio envolvente sofrerá uma transformação radical para pior.
Apresentem-se todas as recomendações que se acharem oportunas mas não se perca de vista o essencial em favor do acessório.
A seu tempo falaremos!