«A política ora se concentra, ora se dissipa.
Umas vezes os factos acumulam-se, os resultados complicam-se, as discussões crescem, as crises ameaçam, as convulsões aparecem, os descontentamentos espalham-se, a índole política robustece-se;
outras vezes os ânimos esmorecem, as fidelidades afrouxam, as dedicações desvanecem-se, os patriotismos finam-se.
Nós estamos numa destas épocas!!!
Todas as grandes tempestades nascidas das prepotências. das injustiças, das fatalidades, se transformam, por graça da nossa anedótica paciência, em tormentas joviais de copos de água.
Os grandes Dantons do parlamento, seja ele qual for, rasteiam-se, de par com a estatura imortal do mr. Prudhomme.
Os leões têm astúcias de raposas: e os grandes Mazarini da política financeira, vê-se que são simplesmente umas edições da mais rasteira espécie do célebre Roberto Macário..
São assim os nossos grandes homens: luzem, resplandecem, terrificam, clamam como os antigos profetas e, no fim, não podendo por mais tempo disfarçar o plebeismo da origem, aparecem chã e lhanamente o que são - isto é saltimbancos.»
Lembrei-me do Eça de Queiroz, nas prosas esquecidas IV, a propósito de um acordo e ...talvez não só.
Depois se verá no tempo e no espaço cartesiano ou talvez não!!!
A teoria Engleniana do discurso acabará, invariavelmente, por nos dar razão!!!