quinta-feira, agosto 13, 2009

E estes não são portugueses?

O número de desempregados sem direito a qualquer apoio do Estado está a crescer ao dobro do ritmo do desemprego.

Em Maio registou-se uma subida de 53% em comparação com o ano anterior, mesmo sem contar com os jovens à procura do primeiro emprego.
Os dados do governo mostram que esse aumento começou três meses antes da subida acentuada do desemprego.
Na análise aos números do Ministério do Trabalho, o jornal Público confirma que a desprotecção dos desempregados não é uma consequência da explosão do desemprego que se deu em Outubro de 2008, tendo começado em Maio do ano passado.
Segundo o jornal, só posteriormente é que a falta de apoio começou a afectar os desempregados que então tinham direito a subsídio.
Dos 98 mil desempregados sem apoio social (número que excluía os 30 mil jovens à procura do primeiro emprego) nos primeiros cinco meses de 2008, passou-se para 138 mil no mesmo período deste ano.
Ou seja, os desempregados sem protecção passaram de 24,6% para 29% do universo contabilizado pelo governo, tendo no mesmo período diminuído o peso dos beneficiários de subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego.


A desprotecção social dos desempregados está associada à precariedade que marca as vidas de boa parte dos trabalhadores.


Sem acesso a contratos que permitam prazos prolongados de descontos, o trabalhador dispensado pela empresa vê-se impedido de aceder ao subsídio de desemprego.


A generalização dos contratos a prazo e dos falsos recibos verdes permitem que o Estado continue a fugir às suas obrigações, uma vez que do ponto de vista legal esses trabalhadores são excluídos do apoio quando se inscrevem no centro de emprego.


As medidas de protecção aos desempregados foram propostas e discutidas na Assembleia da República na recta final da legislatura, tendo o governo e o PS chumbado todas as propostas, como o alargamento da abrangência e dos prazos dos apoios sociais às vítimas do desemprego.


Este partido que se diz «partido dos trabalhadores» é assim que trata os desempregados?


Ou seja, portugueses de 1.ª uns, os gestores dos tachos e, os outros portugueses de 2.ª.
Miserabilistas!!!
Merecem que votem neles?
Neles de lá e nos de cá?
NUNCA!!!