quinta-feira, novembro 29, 2007

Destinatários



«Há concelhos em que nem câmara, nem administração, nem regedoria se manifestam mais do que atravessar pomposamente a praça, no dia da procissão dos passos, fazendo reluzir no sol o óleo dos penteados» - Eça de Queirós, Uma Campanha Alegre, 1890.

Concelhos em que a administração local se resume a fazer as eleições sobre as ordens do ministro, com a ajuda sempre prestável dos caciques e grandes influentes locais.

«Tomásia nunca lhe vira mímicas tão veementes, tamanhos assomos de cólera política, olhando às vezes fixamente para um ponto elevado. Tomásia não sabia que ele erguia os olhos para a cadeira da presidência, e às vezes para a galeria das senhoras, in petto.
Era uma vocação que estoirara e súbito, imprevista e fatal», Camilo Castelo Branco, Filho Natural.

quarta-feira, novembro 28, 2007

A desilusão anunciada.


A Guarda, ao longo destes três anos, continuou a caminhar a passos largos para o abismo.
Sucedem-se as retóricas e os projectos falhados.
Sucedem-se as conversas fiadas e destroem-se oportunidades.
Descapitaliza-se o património urbano, paisagístico, histórico e principalmente o humano.
O que não se descapitaliza é o pedantismo dos tráficos de influências, das clientelas partidárias e tudo que possibilite vitórias eleitorais.
Sucedem-se os novos senhores arrogantes, prepotentes, bacocos que arrasam sonhos e constroem a divina fortuna.
O povo definha com a pobreza que vai assolando, matando e quebrando as quimeras das ilusões construídas nos arraiais das feiras e romarias.
Criaram-se expectativas de empregos. Anunciaram-se 1 500.
Só se for o ano de 1500, descoberta do Brasil para uns, desilusão e frustração para muitos.
Basta de tanta mentira.
O futuro de todos nós, os que pugnam por justiça, liberdade e direitos está seriamente ameaçado.
Serão anos e anos de penúria, falta de investimento e pobreza.
Atraso ainda e cada vez mais em relação a um País e a uma Europa.
Desgraçadamente fomos sendo empurrados para um fatalismo que convém a alguns mas que nada e em nada fizemos para o merecer.
Inspira-se mas pouco se expira.
Inspira-se o ar, quando não está poluído ou quando o radão deixa.
É altura de dizer basta a tanto despotismo e quebra de confiança, assim o queira, definitivamente, a população da Guarda.

terça-feira, novembro 27, 2007

A frase da semana.



«se ninguém fumasse, os nossos hospitais seriam menos e mais pequenos» director-geral da Saúde, Francisco George.
Este senhor cada vez que abre a boca sai asneira.
Foi este mesmo senhor que, há uns meses atrás, disse que “Vão nascer mais crianças em ambulâncias se as mulheres não tiverem cuidado aos primeiros sinais de trabalho de parto e não tomarem medidas”.
Mas afinal, paga-se a um director para fazer concorrência ao Gato Fedorento?
Eu dispenso-o senhor director.
Prefiro o Gato Fedorento, são incomparavelmente mais inteligentes, nas piadas.



quarta-feira, novembro 21, 2007

A voz do dono


Vital Moreira criticou o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, por defender que o novo tratado europeu devia ser ratificado através de uma «consulta popular», considerando que isso «não tem sentido democrático» (via Diário Digital)
Não espanta que Vital Moreira defenda que uma consulta popular não faça sentido democrático.
Entre Jorge Sampaio e Vital Moreita há toda uma diferença.
Jorge Sampaio fez uma vida inteira dedicada à luta por uma vivência democrática e participada.
Coisa que o vitinho não sabe nem nunca saberá o que isso representa para uma sociedade.
Este Vital está mesmo transformado na voz do dono. Vendido a interesses e desejos pessoais.
Primeiro começou por dizer que o tratado era demasiado «complexo» «ilegível» para os portugueses.
Uma de sabão macaco.
Uma de intelectual que a plebe não percebe nem nunca perceberá «coisas» superiores, só ao alcance de iluminados como um tal vitinho.
O lobo mau sem capuchinho mas com um espelho de cinderela.
As histórias andam mesmo todas maradas.
Será?

terça-feira, novembro 20, 2007

"Interesse público"


Todos sabemos que algo vai mal no jornalismo.
O direito a informar e a ser informado é, desde algum tempo a esta parte, uma missão difícil.
A «máquina» está devidamente «preparada» para, de uma forma abusiva e ditatorial, limitar, coagir, quem ouse investigar, esclarecer qualquer «assunto» mais perigoso.
Veja-se o exemplo recente, dos dirigentes e árbitros «apanhados» na rede.
Este fim-de-semana os jornalistas correram para a porta de um tribunal onde eram interrogados uns árbitros e uns dirigentes do futebol regional, suspeitos da «troca» de 500 euros pelo resultado de um jogo.
As notícias dos jornais e tv são preenchidas com assaltos, roubos. O último até se tratou de um roubo que não foi consumado, mas lá estavam os reféns, enclausurados, fechados na agência bancária à espera do assaltante.
Interesse público, claro está!!!
Depois, bem depois os portugueses são «informados» do nome, idade, estado, profissão e morada de cada um deles, assaltantes ou pseudo assaltantes.
Interesse público!!!
Estranho, muito estranho, é que ninguém se tenha interessado minimamente por saber quais são as "grandes empresas" que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais acusou de estarem envolvidas em crimes de fraude fiscal, provavelmente de valor superior e muito superior aos tais 500 euros.
Mas nada!!!
Só o presidente da CIP que, de uma forma envergonhada, titubeante, com ar de rameira virgem, foi dizendo que sim, mas que talvez.........
Serão assim tantas as empresas, as grandes empresas, claro está, envolvidas nos crimes de fraude fiscal.
Com o novo código penal, acordo PS(Partido de Sócrates) e PSD, quem ousará investigar?
Interesse público ou será antes PIN(Projecto de Interesse Nacional)?
Já agora o resultado do «jogo» foi 2-2.
Para que conste.
Importante?

segunda-feira, novembro 19, 2007

O pior cenário


Não nos bastava toda a situação decorrente de uma grave crise económica nacional, como ainda a agravá-la, temos as penalizações do poder central, face à nova Lei das finanças Locais, sobre o endividamento excessivo da câmara da Guarda.

A Guarda vai ser penalizada em quase 122 mil euros, o valor total que o Estado vai reter mensalmente, em 2008, das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).

Com todos estes cortes orçamentais quem vai «pagar» com o esbanjamento, falta de rigor orçamental, despesismo do executivo camarário serão as populações.
Assim, continuarão a faltar os projectos estruturantes, as infraestruturas básicas, os fundos económicos para as freguesias, as verbas para as escolas, a falência de muitos fornecedores e empresas que gravitam em torno dos dinheiros camarários.
Em suma, a actividade da câmara será exclusivamente de mera gestão dos vencimentos dos funcionários.
Gerir o que há na Guarda?
Mas o que há?
Se nalgumas autarquias onde o endividamento se verificou existe obra feita, na Guarda não existe QUASE NADA ou mesmo NADA.
Pergunta-se. ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?
Desde sempre defendemos uma auditoria à actividade da câmara para apuramento não só de todos os despesismos mas, principalmente, para responsabilizar todos aqueles que contribuiram para o estado caótico em que se encontram as finanças da câmara da Guarda.
Não o quiseram!!!
Nenhum outro partido o defendeu. Lá sabem porquê!!!!
Justificam os rsponsáveis camarários que o endividamento da câmara se deve à indeminização que o Tribunal decidiu sobre a expropriação da Quinta do Alarcão.
E os erros pagam-se caro.
Erros de estratégia mas igualmente de possibilitar a construção de um prédio junto à dita quinta, onde a volumetria do mesmo, determinou e de que maneira, a valorização exponencial do terreno a expropriar.
Erros de gestão mas também de planificação.
Resultado, ficarão nos cofres do Estado 90.699 euros por mês até que sejam recuperados os 1,4 milhões de euros.
Assim vai a Guarda.
A cidade dos cinco "efes": fria, forte, farta, fiel e formosa na versão "ligth".
Agora junta-se outro bem real: falência.
Falência de ideias, de projectos e principalmente de transparência.

domingo, novembro 18, 2007

A oportunidade

O governo já aderiu ao hi5.
Depois do simplex, dos computadores só faltava mesmo esta!!!!
Depois das trapalhadas do «novo» estatuto do aluno, eis que a Sra. Ministra «da Instrução» cria o «seu» hi5 (link).

As novas oportunidades na escola.

A não perder.

As coisas fantásticas que encontramos (sem querer!) na internet.

Assim fica tudo dito.

Médicos espanhóis em Portugal, no "El País".

Los médicos prefieren Portugal.
Sueldos más altos y el respeto de los pacientes los retienen en el país vecino.


"¿Por qué faltan médicos aquí?

Hay pocas universidades y el colegio de médicos está encantado", explica Campillo.

"Son pocos y tienen mucho poder", añade Herrero.

"Y tratan de mantener su élite apretando en el numerus clausus", dice Pazos.


Perceberam?
Tudo dito.
A propósito. O Estado vai pagar 35 milhões para cirurgias no sector privado.
Pois....

domingo, novembro 11, 2007

Você compraria um carro em 2.ª mão a Sócrates?


Depois da propaganda dos computadores «oferecidos» eis que os «felizes» subscritores começam a receber o «presente».
Aí está a «carta» a anunciar que o Pai Natal já desceu pela chaminé e trouxe o «belo exemplar».
Só que alguns dos incautos que foram na conversa do governo, já começam a encontrar problemas na utilização do computador.
Avarias ao nível das placas gráficas, portas e outro hardware que prova que, como já tínhamos denunciado, a aquisição destes «portáteis» é uma perfeita aldrabice.
Queixas mais que muitas.
Só que ninguém ouve os queixosos.
Ligando para a PT esta diz que o problema não é deles.
Só por especial favor dão o contacto telefónico da empresa responsável pelos computadores.
Mas, desista!!!!
Não tente ligar!!!!
Do outro lado da linha surge uma mensagem gravada, com o habitual nestas situações: «DE MOMENTO NÃO É POSSÍVEL ATENDER A SUA CHAMADA. VOLTE A TENTAR MAIS TARDE!!!».
Claro!!!
Tente.......vá tentando. Talvez daqui por um ano consiga a almejada resposta.
Isto para não falar na ligação à Internet que apenas dá para uns dois dias de utilização.
Depois?
Bem depois passe por uma caixa multibanco e carregue o cartão, mas carregue com muito dinheiro, caso contrário não terá acesso por muito tempo.
Você compraria um carro em 2.ª mão a Sócrates?
Eu NUNCA.
E você?

domingo, novembro 04, 2007

Soma e segue


Tem sido apanágio do governo do PS e de José Sócrates realizar através de visitas, discursos e outras acções, autênticas manifestações de diversão e entretenimento dos portugueses e, sobretudo, das populações do interior do país que, a cada dia que passa, mais definham resultado de uma política que ultrapassou já até os limites do tolerável.
O esvaziamento de serviços públicos no interior sob a capa de uma pseudo-reforma dos mesmos, a falta de apoio à actividade produtiva, o aumento dos bens essenciais, a ausência de medidas de fomento do emprego, a falta de institucionalização efectiva de apoios à fixação de empresas que passam pela alteração da taxa aplicável do IVA de 21 % para valores inferiores que evitem a fuga de pessoas, empresas e aquisição de bens em Espanha, são disso exemplo.
Confronta-se o distrito da Guarda com uma “reforma” do quadro orgânico da GNR já entregue no Ministério da Administração Interna pelo Comandante Geral da GNR, Tenente-General Mourato Nunes, que prevê o encerramento de oito postos da GNR no distrito da Guarda e o fecho dos comandos dos Destacamentos Territoriais até agora sedeados em Vilar Formoso e Gouveia e a abertura de um destes comandos em Seia.
O Bloco de Esquerda (BE) não pode de forma alguma deixar de criticar esta medida que, a concretizar-se, será extremamente lesiva da segurança das populações do interior, onde o envelhecimento e o isolamento são cada vez mais uma realidade visível, mas não para este Governo PS que apenas encara os portugueses como meras peças de uma puzzle económico.
Veja-se: a proposta do Comandante-Geral da GNR apresentada ao Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que se prepara para aplicar essa transformação do dispositivo da GNR, prevê o encerramento dos postos de Vila Franca das Naves, Freixo de Numão, Pínzio, Freixedas, Paranhos da Beira, Vila Nova de Tázem, Miuzela e Soito e o fecho dos comandos dos Destacamentos Territoriais de Gouveia e Vilar Formoso, para ser criado um outro em Seia.
Escandaloso: como pode ser interpretado fim do comando do Destacamento Territorial de Vilar Formoso, a principal fronteira terrestre e ferroviária do país, com os inerentes problemas ligados ao tráfico de droga, imigração ilegal, prostituição, problemas sociais característicos de uma zona de fronteira?
Como pode isto acontecer num país que clama por mais segurança, a tal que diariamente se está a degradar tendo em conta os dados das mais diversas instituições?
O encerramento dos postos da GNR assume-se como um verdadeiro “insulto” às aspirações das populações por uma maior segurança de pessoas e bens dentro do tão propalado “Policiamento de Proximidade”….cada vez mais distante.
Sacrifica-se a segurança a favor de um economicismo atroz, que não olha a meios para obter fins, num interior cada vez mais vulnerável face ao despovoamento, de péssimas comunicações rodoviárias, onde cresce a criminalidade associada ao desemprego e à ausência de politicas sociais e económicas.
Mais estranho e escandaloso é ainda o facto de o Estado e Autarquias Locais e Municipais terem investido recentemente na recuperação e ou construção de Postos da GNR que agora se anuncia irem ser encerrados e que foram inaugurados com pompa e circunstância…
Diz o hino do PS “ Nem Capital, nem ditadura…”!
Mas afinal, o Governo socialista (?) de José Sócrates é o mais ditatorial desde que a Ditadura foi derrubada em 25 de Abril de 1974 e a defesa do capital em detrimento das pessoas é um apanágio descarado.
A indiferença com que o Primeiro Ministro trata os portugueses, quando estes manifestam a sua discordância na rua, nos lares, nas suas organizações é de tal forma que mais faz lembrar a tal indiferença com que em tempos passados eram tratados, com um simples encolher de ombros, os que emigraram e partiram, uns para os países de Emigração e outros para uma Guerra Colonial inglória.
O encerramento previsto de oito postos da GNR no distrito da Guarda, concretamente, e dos restantes 81 que vão fechar as portas no país, são exemplo de uma politica sem escrúpulos que vem mais uma vez provar que maiorias absolutas como esta que o PS detém não passam de uma ditadura que instalou o medo, a revolta calada nos corações que têm de novo vontade de cantar em nome da Liberdade.

Asnice


Que se utilizem todas as novas e velhas tecnologias para enganar o País, já se sabia que era comum do governo Sócrates;
Que se dignam asneiras para justificar o injustificável também já é hábito deste governo Sócrates;
Agora, atingiu-se o limite da cretinice!!!!
A imbecilidade toma forma e rosto quando abre a boca.
A propósito das listas de espera, a secretária, dita de Estado, e ainda por cima adjunta, imagine-se se não o fosse, do ministro(?) da Saúde, não perdeu tempo.
Em entrevista ao telejornal das 20h do TAL CANAL, RTP, apressou-se a desacreditar os números: 380 000 cidadãos portugueses à espera da primeira consulta.
Os argumentos da putativa secretária são três (estranho número).

Podiam ser quatro, dois ou até um.
Mas não.

São três!!!!!
Oh! senhora secretária que número foi logo escolher!!!! TRÊS!!!!
Deixemos os números para o domíno da psicanálise do Freud!!!
Vamos aos três, quer dizer aos argumentos.

Primeiro Argumento – “Nem todos os hospitais responderam ao inquérito.”
Podemos então presumir que o número poderá ser maior?!?
A Secretária de Estado Adjunta não esclareceu…

Segundo Argumento – “Muitos utentes podem ter-se cansado de esperar e recorreram a sistemas de saúde privados.”
Brutal!!!!......… Brilhante!!!!........ Iluminada!!!!!..........
Os portugueses ficaram todos mais descansados com tão importante nuance.

Terceiro Argumento – “Muitos dos utentes em lista de espera poderão já ter falecido.”
Desculpe?!?
Importa-se de repetir?
Não devo ter ouvido bem…

Bem…
Se quisesse fazer pior, não teria conseguido.
Foi fantástico: três tiros, três melros.
A oposição começa a ter uma séria concorrência no seu papel de desacreditar o Executivo…PS (Partido do Sócrates).

Tudo isto aconteceu no mesmo dia em que Mário Lino esclareceu que iria dar uma “vista de olhos” no estudo da CIP…...

Mais do mesmo.............ASNICES, bem de ver!!!!