sexta-feira, novembro 06, 2009

Os submissos


A tomada de posse dos novos «poderes» locais, do concelho da Guarda, teve de tudo.

Convidadas e convidados com os fatos domingueiros.
Convidadas e convidados que comem do caldo da Câmara.
Convidadas e convidados que sabem de cor as portas de entrada dos gabinetes.
Todos eles bateram palmas.
Palmas ao chefe que tudo lhes oferece, a troco dos votos das associações, agremiações e outras congéneres de má fama.
O que mais deu nas vistas, não foram tanto as presenças destes personagens dos filmes da tragédia do concelho, mas a presença de uma galeria, que nos cinemas e teatros se chama galinheiro.
Completamente repleto de funcionários, uns da Câmara, outros das ordens da irmandade.
Todos foram prestar vassalagem ao reizinho.
Houve dispensa do serviço, claro.
Que momento único, grandioso aquele quando, o reizinho terminou o discurso (terá sido da lavra do monarca?), os funcionários, como que impelidos e expelidos por uma força dinâmica os fez erguer e, em uníssono, bateram palmas, esfusiantes, em louvor do senhor.
A Guarda «inspira-os» ou será antes, que a Guarda deles QUEREM?
Muito me tarda o meu amigo na Guarda, não é?