segunda-feira, novembro 09, 2009

Estranho ou talvez NÃO


As certidões extraídas do processo, relativas a escutas telefónicas que apanharam Vara a falar com Sócrates, estão há quatro meses nas mãos do procurador-geral da República.
Há QUATRO MESES!!
Que grande confusão.
Quatro meses quer dizer que já lá estavam antes das eleições.
Percebem?
É um "tempo suspeito". Suspeito de mais!!!
Agora, Pinto Monteiro caso decida mandar investigar, terá de as entregar ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Pois é!!!

Mesmo que o procurador-geral da República (PGR) decida arquivar as nove certidões extraídas do processo "Face Oculta", por considerar que não há qualquer indício de crime, as escutas telefónicas com conversas entre Armando Vara e José Sócrates, que originaram a extracção de várias, só serão destruídas por decisão do juiz de instrução criminal da Comarca do Baixo Vouga, que é o titular do processo.
Ou seja, depois da suspeição vem a confirmação.
TUDO NA MESMA!!!
Em Portugal os poderosos nunca são condenados!!
Mas, se, pelo contrário, a abertura de inquéritos de investigação for a decisão, Fernando Pinto Monteiro será obrigado a enviar ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento, "inimigo" de longa data, os novos processos que envolvam o actual primeiro-ministro.
O Código de Processo Penal (CPP) manda que as investigações sobre um titular de órgão de soberania decorram naquele tribunal superior.
Mas, se para uns os quatro meses que o PGR já leva com as certidões entre mãos começam a ser um "tempo suspeito", outros, porém, consideram que isso apenas confirma a "ineficácia, a inépcia, e a desorganização" do serviços da Procuradoria-geral da República (PGR).
Pinto Monteiro explique ou, mande alguma procuradora, daquelas que gostam de se fazer aparecer na TV, a razão dp SILÊNCIO!!
Desorganização dos serviços?
Pois, já todos percebemos que há e a quem serve tal desorganização!!
Mas, mesmo que as certidões se transformem em inquéritos criminais, a sua investigação terá de ser supervisionada pelo Presidente do STJ, Noronha de Nascimento, com quem Pinto Monteiro nunca mostrou grande vontade em se cruzar. Ou seja, as investigações sairiam da sua alçada.
As escutas, mesmo as que acompanham as certidões, vão permanecer no processo principal do caso "Face Oculta". Mas o juiz de instrução criminal António Costa Gomes pode mandar destruí-las se considerar que se trata de materiais estranhos ao processo. A decisão é só sua.
Que decida, MAS BEM é o que se exige.