sábado, novembro 29, 2008

A Golpada continua


Os lucros do Banco Privado Português deram a ganhar aos seus accionistas cerca de 30 milhões de euros em dividendos pagos nos últimos três anos.
Só no ano passado, o BPP pagou aos accionistas metade do lucro obtido e aumentou a remuneração dos administradores em 25%.
Agora está afundado em dívidas, com os depositantes a levantarem todo o dinheiro e o Estado a avalizar o plano de saneamento.
O BPP apresentou lucros de 24,4 milhões em 2007 e 18,2 milhões em 2006. Apesar de nesses anos não terem sido pagos prémios aos administradores, as remunerações dos quatro administradores executivos aumentaram 25,5% em 2007, se incluirmos o valor pago em salários e acções do próprio banco.
O Banco destinou metade do lucro de 2007 ao pagamento de dividendos aos accionistas. Foram 12,5 milhões de euros pagos a Stefano Saviotti, Pinto Balsemão e ao próprio João Rendeiro, administrador do BPP e detentor de 12,5% do capital do banco, através da empresa Jorna Advisers.
Ao longo dos últimos 3 anos o banco pagou 30 milhões de euros aos accionistas. João Rendeiro, o nº 1 do banco, declarou 407 mil euros em salários no ano passado, Segundo o Correio da Manhã, isso quer dizer que cada um dos restantes administradores terá recebido cerca de 190 mil euros de salário em 2007. Para evitar a falência do BPP, o Estado prepara-se para avalizar um empréstimo por parte de seis bancos no valor de cerca de 600 milhões de euros.
O plano de saneamento do banco pode passar pela substituição dos administradores e pela penhora de activos para serem usados como garantia do financiamento.
As dívidas do BPP ascendem agora a 420 milhões e os bancos envolvidos são a CGD, o BCP, o BES, o BPI, o Santander Totta e o Crédito Agrícola.
Só nas últimas duas semanas, a corrida aos depósitos levou ao levantamento de 500 milhões de euros.
Agora, é a GOLPADA.
Quando ainda há pouco tempo se dizia, Sócrates e restantes apoiantes, que o BPP não era para ser apoiado pelo «fundo de salvação banqueiro», inventado pelos governantes europeus.
Agora, diz-se que «será para salvar a imagem da banca portuguesa no estrangeiro».
Pois, e a vida dos portugueses, quem se importa com ela???
É fartar vilões!!!!