quarta-feira, maio 01, 2024

Culpados? Todos!

 A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem 488 cargos de chefia. 
Um diretor de 1. ª linha, por exemplo, recebe em salário e despesas de representação 6083 euros brutos por mês, enquanto um diretor de 5. ª linha tem uma remuneração total de 3871 euros brutos por mês, entre ordenado e despesas de representação.
É fartar vilanagem!



Menos apoios

E a ADSE a continuar a política de cada vez mais reduzir os apoios aos seus beneficiários.
Para onde vão os descontos?




Poço sem fundo?

As sucessivas equipas que andaram pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa depauperaram todo o património.
Desde a compra do Hospital da Cruz Vermelha, aos apoios cada vez menores ao Centro do Alcoitão, ao Hospital Ortopédico Sant’Ana, na Parede, à tentativa, felizmente gorada, de investir 200 milhões de euros para entrar na então Caixa Económica Montepio Geral há dois anos tendo a Santa Casa investido "apenas" 75 mil euros. Tudo foi péssima gestão.
Os sucessivos governos sabiam do estado lastimoso em que a detentora do jogo em Portugal se encontrava.
Não há desculpas! Há, isso, sim, cumplicidades.
Todos são responsáveis pela situação desastrosa em que a instituição se encontra. TODOS os da casta política!
Mas há mais....
Depois da queda do BES e do GES e ter deixado em maus lençóis a Fundação Ricardo Espírito Santo, a Santa Casa fez uma parceria com a entidade para o restauro do seu próprio património e terá passado a ser a principal financiadora. Em 2018, foi a vez de estender a mão a Raríssimas, a associação para ajudar crianças com doenças raras que caiu em desgraça depois das irregularidades e desvios atribuídos à sua fundadora.
Os apoios sociais a que a Santa Casa está obrigada têm diminuído.
No entanto, apoiam-se federações desportivas de duvidosa aplicação. Abundam as ofertas a atletas com equipamentos desportivos e outros sem qualquer ordem de razão.
O caos é total. E os beneficiários dos saques mais que muitos!



Revoltante

A linguagem pode incomodar muitos.
Mas a revolta é enorme.
Acabar com os sem-abrigo, não era idiota?
Canalha repugnante. 
Depois admiram-se que a extrema-direita cresça.



Mais um tesouro à portuguesa...

 


Que políticos...

Percebem agora a razão do crescimento da extrema-direita em Portugal?
Com ministros desta "qualidade" qualquer anormal pode chegar ao poder.
Primeiro fala do "Tratado Atlético Norte"!
Depois vem dizer que o serviço militar devia ser para os jovens que cometem pequenos delitos!
Que nojo de país que faz ascender à categoria de ministro gente deste gabarito.
Já agora por onde anda o Gonçalinho? 
O da aliança!
Continua proibido de falar?
É que asneiras como as que se ouvem desta gentalha não diferem muito das do Gonçalinho!



Há sortudos na vida!

Comprou uma raspadinha de 5€ pela primeira vez e ganhou 288 mil.



Pensar

Não há solidão maior do que a solidão de uma criança.
Benguela, Angola, 2004.
(Gonçalo Afonso Dias).



A reclamação do Gungunhana!

Marcelo devolve as cuecas!



O que somos

Num retrato sobre o mercado de trabalho em Portugal, no âmbito do 1.º de Maio, a Pordata destaca que quase metade dos trabalhadores por conta própria como empregadores têm, no máximo, até ao 9.º ano de escolaridade.
Diz tudo sobre o desenvolvimento do país. 
Se não fosse a capacidade dos trabalhadores, imagine-se o desastre que não era este país.



É a dança das moscas

A demissão da Ana Jorge da gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
É a dança das moscas...
Há tanta fome na nova vaga de moscas que tudo lhes serve!
Olha só quem se segue!
O «motinha» do governo do Passos & Portas!
É fartar!



Medina vai ser "explicador de finanças" do novo canal!

O tal «novo» canal de lixo vai ser o palco dos despedidos do governo. 
Ainda nem está a funcionar, mas já tem destacados (???) cartomantes da política. 
É a rampa de lançamento para novos voos! 
Nem se duvide.
Explicador de finanças???
Mas quem tem dúvidas sobre a aldrabice das contas certas?



"O Lento, o Rural e o Doido"!

E assim vai a política de aldrabões fazendo da população os seus escravos!



Ponto de vista

A semana ficou marcada com a grandiosa manifestação da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril realizada em Lisboa, com milhares de portugueses na rua.

Agora, eis-nos na semana de celebrar o Dia do Trabalhador.

Repito o Dia do Trabalhador!

O 1.º de Maio celebra não só as conquistas no campo dos direitos dos trabalhadores, mas pretende também sensibilizar para a falta de condições de trabalho que ainda se verificam por todo o mundo. É, por isso, um dia de reflexão para todos os que defendem uma sociedade mais justa e solidária.

É conhecida a razão de se comemorar no 1.º de Maio o dia do Trabalhador. A luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e melhoria das remunerações, foi sendo feita com sangue, suor e lágrimas e deram origem à celebração desta data.

Este dia tem origem na histórica greve geral de Chicago, ocorrida a 1 de Maio de 1886, na qual foram reivindicadas melhores condições de trabalho e salariais.

Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Até que, em 1919, após algumas das mais gloriosas lutas do sindicalismo e dos trabalhadores portugueses, foi conquistada e consagrada na lei a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da indústria.

Mesmo durante as ditaduras salazarista e marcelista, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962 são provavelmente as mais relevantes e carregadas de simbolismo. Nesse período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores da Carris e da CUF e as revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo. Mais de 200 mil operários agrícolas, que até então trabalhavam de sol a sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário. Claro que o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de Abril de 1974.

A História da luta de classes entre a burguesia e a classe operária não deve ser esquecida.

Mas importa olhar para o futuro.

E que futuro está reservado aos trabalhadores? O trabalho e a consciência são indissociáveis. Importa definir um sistema educativo que forme cidadãos críticos e dotados da capacidade de actuar na vida laboral.

Sem que muitos cidadãos se deem conta, estamos a iniciar uma nova revolução industrial. A 4.ª revolução industrial. Com consequências devastadoras no mundo do trabalho. Estima-se uma perda considerável de muitos empregos. Cerca de 87% dos empregos estão ameaçados em todo o mundo. Uma brutalidade sem precedentes nas revoluções anteriores.

Qual o papel das novas tecnologias na melhoria das condições de vida dos trabalhadores? Qual o papel da Inteligência artificial? Conhece-se o papel das novas tecnologias na cada vez maior preponderância do teletrabalho com benefícios para os empregadores. Desde logo a dispersão dos trabalhadores sem a capacidade de se reunirem e em conjunto lutarem pelos seus direitos. Perde o sindicalismo, mas perdem principalmente os trabalhadores. Com o teletrabalho não há horários a cumprir. Os trabalhadores estão sempre ao serviço. E sem falar do cada vez maior controlo e exploração exercidos sobre os trabalhadores. Hoje quase não há pausas para nada, nem para ir à casa de banho. Aos trabalhadores é proibido conversar com os colegas. As tecnologias vieram para aumentar a produtividade, a competitividade das empresas, mas também para reduzir custos.

De acordo com Virginia Dignum, membro do Conselho Consultivo da ONU para a Inteligência Artificial é urgente encontrar formas da regular. Segundo a especialista, a Inteligência Artificial assemelha-se a um carro sem travões e sem cintos de segurança conduzido por alguém sem carta de condução. Se nada fizermos os benefícios vão ser para as grandes empresas tecnológicas e os multimilionários deste mundo.

Não haverá lugar para o trabalhador assalariado e aumentará o número de trabalhadores autónomos. Sem direitos e com múltiplos deveres desde logo o de receberem à peça. O trabalho temporário será o que vai predominar com lucros não declarados dos empregadores. Aumentam os estagiários. Mão de obra escrava que desempenha funções sem qualquer retribuição financeira, mas avaliado pelo desempenho. E por fim ao cada vez mais usual trabalho informal sem quaisquer regalias e obrigações contratuais. Leis do trabalho que não respeitam o direito a ter tempo para a cultura e o lazer e muito menos para a família.

Nós somos o que fazemos, mas como lembrou Eduardo Galeano o que fazemos para mudar o que somos?

Neste 1.º de maio de 2024 cabe-nos alertar as gerações futuras para o que a 4.ª Revolução Industrial vai trazer, mas cabe-lhes saberem honrar as conquistas e os direitos alcançados pelos seus antecessores.

Tenham uma excelente semana.