quinta-feira, julho 21, 2022

Debate? Que debate?

Ontem os ditos representantes do povo passaram 4 horas sonolentas no hemiciclo de S. Bento a discutirem o sexo dos anjos. 
Qual Estado da Nação? 
Alguns bocejaram, dormitaram e outros utilizaram os computadores para porem em dia a correspondência, os saldos bancários, os pagamentos às rameiras, proxenetas e outras coisas que tais. 
As idas ao bar mais que muitas!
Quanto ao resto... nada de novo!
Promessas mais que muitas! O habitual. Promessas de apoio, lá para o S. Francisco, para as famílias. Resta saber que famílias. As deles com a tachada a aumentar? 
Apoios às empresas? Pois claro, seguindo as orientações gerais de que não se devem hostilizar as empresas. 
Creches gratuitas? A ver vamos!
E que dizer do renovado «simplex» do Sócrates? Uma palhaçada!
E o acordo(??) celebrado poucas horas antes do bate papo na Assembleia da República? 
Uma chantagem!
Costa lá foi dizendo que afinal o país está pior do que há uma ano.
Se não o dissesse fazia figura de urso. E isso ele não quer!
Sobre o caos da saúde, CALOU!
Sobre o caos na educação, CALOU!
Caos no aeroporto? Não sabe responder pois ele e o comparsa partem de Figo Maduro!
Inflação? Nada disse nem sabe o que é. Não faz compras e cai-lhe tudo em casa.
Exploração da mão de obra? Não sabe o que é. A família usa as portas giratórias! Veja-se o caso do Matos Fernandes.
Acesso à cultura? Cultura só se for a do milho para os pardais!
Falta de cuidados para idosos agrava-se e os poucos que existem ou são a preços exorbitantes, inacessíveis à maioria da população, ou são roubos constantes aos dinheiros públicos.
O Pacto de Cooperação para a Solidariedade Social é uma treta!
Os salários não chegam para sobreviver!
Os jovens licenciados só aspiram fugir do país. Ordenados miseráveis e condições de trabalho semelhantes a escravatura.
A situação de estagnação da economia já é atribuída ao Tratado de Methuen. Uma risada! Já deixaram de falar do Passos Coelho/Portas e pouco falam da pandemia COVID. Não lhes interessa pois vem à memória dos portugueses a pouca saúde que vai havendo, principalmente para os mais desfavorecidos.
Uma Administração Pública dominada pelo clientelismo partidário, chefias incompetentes e imbecis ligadas aos arreios das cavalgaduras pelas submissas avaliações de desempenho.
Uma dita justiça cada vez mais ao serviço da política partidária e dos grandes senhores.
Uma corrupção que é o cancro da sociedade. Sendo que os ajustes directos são o expediente mais utilizado. É fartar vilanagem.
Um ferro velho a circular na ferrovia. Aviões em terra! A questão do aeroporto adiada sine dia. Uma transportadora aérea que é um sorvedor, mais um, de dinheiro.
Habitação de péssima qualidade, com rendas exorbitantes, com impostos e mais impostos, sem solução para os graves problemas de novos e menos novos na aquisição de casa própria ou no arrendamento.
O cada vez maior abandono das regiões do interior e com o consequente isolamento com consequências várias desde logo o mais premente e urgente o dos incêndios. Abandono que tem um culpado, o governo ao não criar condições de habitabilidade mínima aos cidadãos no que é acompanhado por um poder local incompetente só interessado nos seus comensais.
Estes alguns dos problemas do dito Estado da Nação e outros podiam e deviam ser debatidos.
Mas uns calam-se, outros dormitam e outros refugiam-se na propaganda da banha da cobra.
É tempo de praia que a canícula aperta.
Praia dos tomates, claro.
Nota final: Já tiveram a pachorra de ler os pasquins do burgo? Que dizem sobre o debate? Nada e coisa nenhuma. Sintomático!