O carro incendiou-se em 2004… mas as Finanças querem o Imposto Únicos de Circulação (IUC) a partir de 2008.
O presidente do BES foi perdoado em vários milhões por “esquecimento”.
O mesmo não acontece com António Ogando, um simples cidadão.
António Ogando era proprietário de um veículo que se incendiou em 2004. Chamou, na altura, os bombeiros para tratarem da situação bem como foi dado conhecimento à PSP. António nunca mais se preocupou com o assunto.
Há cerca de poucos meses, as Finanças vieram exigir o IUC de 2008. Além de solicitado cinco anos depois (provavelmente, o tempo que as Finanças tem de atraso nas suas verificações) suscitou algumas dúvidas ao antigo dono do veículo.
Acontece que desde 2008 que o imposto automóvel deixou de ser por circulação – algo que um carro incendiado não podia fazer – mas sim por posse. O Imposto Único de Circulação, com a respectiva legislação, tornou mais rentável a cobrança de impostos para o estado.
O carro não existe, não tem inspecção, não tem seguro mas está em nome do António, e provavelmente é o que acontece com muitos outros portugueses.
Aquilo que podia ter sido um erro foi então explicado às finanças anexando cópias de documentos. Em resposta, de uma intolerância extrema para com um, aparentemente, erro de informação, indicaram-lhe que teria que fazer o pagamento do imposto e das respectivas coimas.
Em comparação com o caso anterior, temos Ricardo Salgado que foi perdoado três vezes pelo fisco, ou seja, a mesma entidade que se recusa a considerar as provas apresentadas da destruição do carro que António não pode possuir. Para alguns, existe uma “cidadania superior”.
E, tal como aconteceu com a cidadã do Porto que por não responder a um inquérito da respectiva câmara municipal, do senhor Rio, FOI DESPEJADA!!!
A EQUIDADE DO OUTRO EXISTE SÓ PARA ELES, OS RICOS E PODEROSOS!!!