Terminaram os Jogos Olímpicos.
A medalha de ouro de Nelson Évora nos jogos Olímpicos tem para TODOS NÓS PORTUGUESES um valor incomensurável.
O primeiro, é naturalmente de natureza desportiva.
Prova-se, se tal era necessário, que os técnicos desportistas portugueses sabem o que fazer e como fazer campeões. A culpa dos fracos resultados desportivos, não é, nunca foi por falta de bons técnicos.
A culpa é a ausência de uma política desportiva.
O problema não se resolve, aqui como em muitos outros domínios, atirando-se dinheiro para cima da mesa.
Falta política desportiva, ao nível da captação de jovens para a prática desportiva; faltam condições que possibilitem a técnicos e a praticantes tempos para a aplicação das melhores e mais adequadas técnicas para a aprendizagem e progressão, seja qual for a modalidade em questão.
Onde está o Desporto Escolar?
Continua a ser o elo mais fraco da paupérrima prática desportiva.
Onde está o apoio, aos jovens para a prática desportiva, por parte das câmaras municipais?
Fica-se pelas «práticas» de desporto de bancada.
Promovem-se e auto-promovem iniciativas e charlatães desportivos.
Os dinheiros, que por lei, deveriam ser para a formação desportiva sofrem desvios e vão parar a mesas e bares de alterne e aos bolsos de empresários que, com lábia, fazem viajar «bom-de-bola» para o apito dourado do país do tuga.
O resto, bem o resto é a tristeza nacional patente nesta, ou noutra qualquer Olimpíada.
Quantas modalidades desportivas, colectivas já foram medalhadas pelo nosso País?
Só mesmo a nível individual. Só este facto diz tudo.
Por fim, a medalha do Nelson Évora é a resposta aos que não sabem que as cores olímpicas são várias e ligadas pela tolerância, fraternidade na aspiração de harmonia, cultura e paz universais, numa permanente busca da concretização de uma utopia, na crença na capacidade humana de construir o ideal.
Difícil perceber e realizar???
