quarta-feira, janeiro 22, 2025

As recuperações!

Não me venham com a treta do discurso populista! E muito menos dizer-se que estou a defender o discurso da extrema-direita que se aproveita das questões sociais dos trabalhadores e do povo, povo que vegeta, para fazer disso luta pessoal com interesses bem evidentes.

Esqueçam toda essa forma de enviesar o discurso dos que, como eu, critico os vencimentos dos políticos portugueses, os aumentos com a queda dos 5% e as mordomias que auferem.

Não me venham com esse discurso que o rejeito,

Querem calar os que se indignam com tais aumentos, da minha parte não calarei!

Os funcionários políticos, é assim que devem ser designados, ganham na sua maioria muito mais que metade da população portuguesa!

Logo, no meu entender, a denúncia dos ricos salários e outras benesses do funcionalismo político é absolutamente correcta, diria mesmo, uma forma cívica de intervir na vida pública, quer queiram os mesmos ou não! Pouco ou nada me importa a opinião, se é que a têm certos agentes!

O discurso populista quer da extrema-direita quer dos defensores dos aumentos salariais é incongruente! Não está no programa eleitoral de nenhum partido político, desde logo! Defendem que é o mercado que determina o emprego e os salários das pessoas. Esclarecido! Já agora, e no caso particular, onde esteve a extrema-direita nos cortes salariais dos professores, médicos e restantes funcionários e nos trabalhadores do sector privado? Nos lucros fabulosos dos grandes grupos económicos? Votou e vota contra o fim da caducidade da contratação colectiva! Absteve-se no aumento de pensões! Os seus deputados, todos eles, auferem ricos salários, nomeadamente no parlamento europeu onde se aufere um ordenado de 15 000 euros mensais! Já para não falar de todas as benesses a juntar aos ordenados escandalosos! Ou como a tomada de posição do partido da extrema-direita que votou contra a diminuição do preço da bilha do gás, proposta pelo PCP! As tomadas de posição da extrema-direita são populistas e demagógicas e quem defende que “os ordenados dos funcionários políticos ainda são demasiado baixos para as funções e responsabilidades em causa, em especial no que diz respeito a funções executivas“ isso, sim, é populismo de vão de escada.

Comparar os vencimentos dos funcionários políticos com o salário médio, em Portugal, é mais areia para os olhos dos portugueses. Comparem com a mediana do salário dos portugueses. Haja essa coragem, seus covardes! Não há variável estatística mais enganadora que a média! Ide enganar as vossas "primas"!

Há posições de nomeação eminentemente política como nas entidades reguladoras e variadas empresas estatais, as quais acabam por ser assim destinos privilegiados das redes de clientelismo partidário e que recebem bem mais que os funcionários políticos! Então reduzam-se esses salários para dessa forma acabar com a clientela ranhosa partidária. Os tachos tão apetitosos. Mas disso não fala, a corja!

Já agora quando algum funcionário político comete crimes, erros de gestão são avaliados e penalizados?

NUNCA!

Alguns ainda lhes põem uma coleira!

Não sou contra a existência de partidos políticos, mas defendo e defenderei sempre a democracia participativa, única forma de acabar com o clientelismo partidário e logo com a corrupção.

Já agora, falai das rendas vitalícias e das contrapartidas obtidas por pertencerem aos párias que um dia estiveram à mesa do banquete. Falai disso, covardes!

Lembrar que também regedores e restante séquito ganhou com a queda dos 5%! Os 45% da corrupção a beneficiar! E a esses também se aplica a regra da "competência"? Só se for na forma de iludir os 40%!

Sois uns acéfalos!